BNDES aprova R$ 4,5 bi para a linha laranja do metrô de São Paulo
O BNDES aprovou o financiamento de R$ 4,47 bilhões para a implantação da linha 6-laranja do metrô de São Paulo, no trecho entre as estações Brasilândia (zona norte) e São Joaquim (zona sul).
Segundo o banco, os recursos do BNDES correspondem a apenas 39,2% do total a ser investido no projeto, que também receberá recursos próprios do Estado de São Paulo e da concessionária Move São Paulo. O empreendimento é conduzido por meio de um contrato de parceria público-privada.
Sob forma de comparação, a nova linha de metrô do Rio (Ipanema-Barra) o BNDES financiou 48% do total do projeto (R$ 4,3 bilhões). Já para a implantação do BRT (corredor de ônibus exclusivo) o banco federal de fomento aprovou financiamento de R$ 2,7 bilhões ao município do Rio de Janeiro. Os recursos representam 88% do investimento.
O BNDES diz que a nova linha em São Paulo beneficiará as regiões central e as zonas Oeste e Noroeste, ao atender bairros como Brasilândia, Freguesia do Ó, ao norte do Rio Tietê, e Lapa, Barra Funda, Perdizes, Consolação, Bela Vista e Liberdade, situados no chamado centro expandido da capital paulista.
O traçado previsto para a linha laranja permitirá a conexão entre universidades, como a Unip, Faap, PUC, FGV, FMU e Mackenzie e a malha de metrô e trens. Por isso, a nova linha é conhecida como a 'Linha das Universidades', diz o banco estatal.
A previsão é finalizar o projeto em seis anos. A nova linha terá extensão de 13,3 km. Contará com 15 estações, um pátio de manutenção e estacionamento e 20 trens.
Os empreendedores esperam uma demanda de 633,3 mil passageiros em dias úteis. A expansão da malha [do metrô] deverá contribuir para uma melhor distribuição do fluxo de passageiros no sistema, ao adicionar novos destinos e numerosas integrações com linhas já existentes, diz o banco.
Está prevista uma futura expansão desse rama em direção à zona leste, chegando até a Cidade Líder.
A concessionária que é responsável pela implantação, operação e manutenção da linha pertence ao consórcio vencedor da licitação, formado pelos grupos Odebrecht, Queiroz Galvão e UTC Participações. O prazo da concessão se encerra em abril de 2039. Durante a fase de implantação, a estimativa é de criação de 7.560 postos de trabalho diretos e 4.120 indiretos.