O material do futuro é dobrável, mais forte que o aço e pode revolucionar o mundo da tecnologia
Você já pensou o que seria possível fazer se houvesse um material que fosse duzentas vezes mais resistente que o aço, sete vezes mais leve que o ar, condutor de eletricidade e calor, transparente e flexível? Ele existe e pode revolucionar a indústria eletrônica. Conheça o grafeno.
Trata-se de uma folha plana de moléculas de carbono que está deixando pesquisadores da indústria de tecnologia maravilhados. Com ele, seria possível criar produtos mais finos, flexíveis e com baterias mais poderosas. Imagine, por exemplo, um celular fino como uma folha, que pudesse ser dobrado e cuja bateria durasse mais de uma semana. Com o uso do grafeno, tudo isso seria possível.
Empresas como a Samsung, IBM, Nokia e SanDisk já trabalham em testes e possibilidades. O uso deste material também viabilizaria o que chamamos de tecnologia de vestir, um conceito que aproxima a interação de eletrônicos com o corpo, transformando-nos em verdadeiros ciborgues.
O grafeno é sete vezes mais leve que o ar
Até mesmo a camisinha poderia ser beneficiada pelas pesquisas com o grafeno. A Fundação Bill e Melinda Gates, administrada pelo co-fundador da Microsoft, investiu US$ 100 mil, em 2013, para viabilizar a criação de um preservativo feito com o material, que permitiria uma experiência mais natural e garantiria ainda mais proteção na hora do sexo.
Em 2010, Andre Geim e Konstantin Nonoselov, da Universidade de Manchester, na Inglaterra, ganharam o Prêmio Nobel de Física por pesquisas com o material, principalmente relacionadas à levitação magnética. Além das pesquisas com o grafeno ainda serem recentes, este não é um material fácil de ser produzido em larga escala – apesar de apresentar baixo custo. No Brasil, a Universidade Presbiteriana Mackenzie deve concluir ainda este ano a construção de um centro específico para a pesquisa do grafeno no país.