CEO da Gerdau Summit desde novembro passado, a executiva é a segunda entrevistada da série de vídeos da coluna Nosso Olhar, comandada por Yasmine McDougall Sterea, CEO do Free Free
Michele Robert: CEO da Gerdau Summit (Divulgação/Divulgação)
Desde novembro, quem ocupa o cargo de CEO da Gerdau Summit é a engenheira Michele Robert, de 43 anos. Trata-se de uma joint venture voltada ao fornecimento de peças para a geração de energia eólica, administrada em conjunto pelas japonesas Sumitomo Corporation e Japan Steel Works (JSW). Michele é a primeira a exercer o cargo na história da companhia e comanda cerca de 700 pessoas, 90% delas do sexo masculino.
A executiva foi a segunda entrevistada da série de vídeos da coluna Nosso Olhar, comandada por Yasmine McDougall Sterea, CEO do Free Free. Quinzenal, a novidade estreou pouco antes do Dia Internacional da Mulher, em 8 de março, com a participação de Juliana Azevedo, CEO da P&G. “É uma série focada em liderança feminina e equidade de gênero”, explica Yasmine. “Propõe uma mudança social tanto para homens quanto mulheres”.
Assista a entrevista aqui.
Mãe de duas filhas, Michele trabalhou por 18 anos na General Eletric (GE) e já morou em Buenos Aires, onde iniciou um curso universitário de Engenharia Mecânica no Instituto Tecnológico, finalizado nos Estados Unidos. Possui mestrado em Supply Chain pela universidade de Michigan e atuou também na Motorola e na Sterycicle, da qual era CEO até mudar para a Gerdau Summit. No novo cargo, sua principal meta é diversificar a atuação da companhia em outros setores, como mineração e o de açúcar e álcool.
“Como foi a experiência de estudar fora do Brasil?”, pergunta Yasmine no início da conversa. “Estar onde estou tem mais a ver com competência, minha experiência de vida, a curiosidade e a humildade de querer saber do que com estudar e morar fora”, responde a entrevistada. “Com muito foco e determinação todo mundo chega aonde quer chegar”.
Sobre as dificuldades de crescer numa profissão historicamente mais associada aos homens, disse o seguinte: “Comecei na Argentina, numa escola militar, mas a transferência para os Estados Unidos abriu a minha cabeça. O país estava muito mais à frente nas questões de gênero e isso há mais de vinte anos”. E como anda o Brasil nesse quesito? “Com base nos dados das universidades, o país já forma mais engenheiras que engenheiros. Embora ainda haja muito a ser feito para diminuir as desigualdades, já avançou”.