A Linha 15-Prata do Metrô ganhará o reforço de 19 novos trens de monotrilho nos próximos anos, como já havia anunciado o governo do estado. A novidade é que essas composições não serão produzidas no Brasil, como ocorreu com o primeiro lote de 26 composições, e sim na China.
Em acerto com a Bombardier, hoje parte do grupo Alstom, o Metrô autorizou a fabricação dos 19 trens pela CRRC Puzhen, numa joint venture da empresa com o gigante ferroviário chinês.
Trata-se de uma má notícia para a indústria ferroviária instalada no país já que significa o fim da esperança de reativação da unidade de Hortolândia, implantada pela Bombardier para dar conta da encomenda original, de 54 trens do modelo Innovia 300.
A fábrica paulista produziu 26 dos 27 monotrilhos – o trem cabeça de série foi montado no Canadá para testes. Na época, havia uma expectativa grande sobre o potencial de novas linhas do modal no Brasil, o que justificaria o investimento, mas a previsão não se confirmou.
Metrô autoriza a fabricação do novo lote de trens da Linha 15 na China
A Alstom, que assumiu o grupo canadense no ano passado, decidiu concentrar suas atividades fabris na unidade de Taubaté, onde serão produzidos os trens da Linha 6-Laranja e a encomenda de composições feita pela ViaMobilidade Linhas 8 e 9. Mesmo lá, a empresa francesa não cogitou montar os novos trens de monotrilho.
De acordo com o cronograma atualizado pelo Metrô, a Bombardier terá 1.060 dias para entregar o primeiro trem do novo lote no pátio Oratório a partir da assinatura da Ordem de Serviço, prevista para ocorrer até o dia 29 deste mês.
Com isso, a primeira composição tem um prazo de entrega até dezembro de 2024, ano em que estão previstas duas novas extensões do ramal.
O lote 2 de trens Innovia 300 terá um custo de R$ 543,2 milhões para o Metrô, segundo dados atualizados – ele inclui mais oito composições que completarão o pedido original no futuro.
A Bombardier produziu 26 trens na unidade de Hortolândia, além de uma composição cabeça de série no Canadá (Jean Carlos)