De acordo com dados fornecidos pela Empresa de Planejamento e Logística (EPL), órgão do Governo Federal, a atual obra de um novo terminal (STS08A) de armazenamento e movimentação de combustíveis da Petrobras, localizado na margem direita do Porto de Santos, será responsável por gerar 12 mil vagas de empregos, tanto diretas quanto indiretas.
Segundo a matéria do jornal A Tribuna, publicada por Maurício Martins no dia 6 de abril, o novo terminal foi comprado pela Petrobras durante um leilão ocorrido em novembro de 2021, pelo valor de R$ 558,2 milhões – que será repassado à estatal que administra o Porto de Santos, a Santos Port Authority (SPA). O contrato de arrematamento foi assinado no dia 23 de março e é válido por 25 anos.
Além disso, com previsão de investimentos de R$ 625,7 milhões até 2026, o terminal da Petrobras – empresa que pode sofrer multa milionária por vazamento de informação – ocupará uma área de exatamente 338,2 mil metros quadrados (m²) na Alemoa. Em nota, a SPA afirmou que os investimentos no terminal STS08A equivalem ao aumento de 50% na oferta de berços na região em que está sendo instalado, onde está situado o conjunto de líquidos minerais da parcela direita do Porto de Santos. “Soluciona um déficit histórico de capacidade instalada, assegurando o abastecimento de toda a hinterlândia (área interna) do Porto de Santos”, declara a estatal.
Receitas bilionárias no novo projeto da Petrobras
Conforme anúncio realizado pela Petrobras no dia 31 de março direcionado ao mercado, a companhia prevê atingir receitas de R$ 7,2 bilhões ao longo do tempo de exploração do novo terminal no Porto de Santos. Entretanto, para além do valor destinado à SPA e dos investimentos, a Petrobras irá conceder à empresa mais uma quantia de R$ 4,3 milhões mensais pelo direito de explorar a área adquirida no leilão, como também R$ 9,28 por cada tonelada de carga movimentada.
Terminal está no Planejamento Estratégico da estatal
O projeto do terminal está inserido no Planejamento Estratégico da Petrobrás para os próximos 4 anos. Assim, a companhia julga a região como essencial para realizar o escoamento de mercadorias das quatro refinarias de São Paulo, visto que a localização é estratégica, perto dos comércios de derivados de maior liquidez do Brasil.
Hoje, a área do terminal no Porto de Santos é operada pela Transpetro, empresa subsidiária da Petrobras que se responsabiliza por uma parcela do escoamento da produção vinda das refinarias de petróleo de São Paulo, bem como pela distribuição de uma parte do Gás Liquefeito de Petróleo, ou somente GLP, destinado à região Sudeste.
Melhorias na região do Porto de Santos
De acordo com o edital do leilão de concessão do terminal, a Petrobras deverá realizar uma série de melhorias neste setor do Porto de Santos. Entre as 11 ações necessárias, estão investimentos na substituição de grandes trechos de tubulação; automação de segurança dos píeres de barcaças; reparos em tanques refrigerados e novo sistema de contenção de incêndios, que deve possuir novas bombas.
Além dessas pequenas ações, a Petrobras também deve investir em obras obrigatórias de grande porte na região do terminal, como, por exemplo, 14 novos braços de carregamentos – que são usados na transferência de produtos líquidos entre o píer e a embarcação – destinados aos dois locais de atracação dos navios, para substituir os antigos braços que funcionam há quase 50 anos, desde 1973; além da construção de outros dois novos berços.