O ministro de Minas e Energia, Adolfo Sachsida (foto), disse hoje (12) durante uma audiência no Senado que o Brasil tem estoque de diesel suficiente para abastecer o país em até 50 dias, sem necessidade de importação. A fala aconteceu durante uma reunião da Comissão de Assuntos Econômicos (CAE), convocada para tratar da atual situação dos combustíveis no país.
“O ministério está muito atento à questão do diesel e até ontem (11) o Brasil tinha 50 dias [de estoque]. Se acontecesse algo no mundo e não se puder importar mais petróleo, o Brasil ainda tem 50 dias de diesel sem precisar importar”, declarou o ministro na audiência. Ontem, o presidente Jair Bolsonaro chegou a mencionar que o governo estava perto de acertar um acordo para importação de diesel da Rússia, a custos menores.
“Estamos bem preparados e bem posicionados monitorando atentamente a evolução do cenário internacional”, declarou Sachsida. Já em relação aos preços dos combustíveis, o ministro afirmou que esta é uma questão que não pode sofrer interferência do governo. “O ordenamento jurídico hoje é muito claro. Tanto a Lei do Petróleo como a Lei das Estatais deixam claro que o governo não pode interferir nesse mecanismo”, declarou. O chefe da pasta afirmou que medidas legislativas aprovadas no Congresso, como o corte em impostos federais sobre combustíveis, ajudaram a reduzir o preço da gasolina nas bombas em 21%, na média.
Sachsida disse também que desconsidera novas iniciativas da Petrobrás no setor de refino como forma de atenuar a alta dos preços. Ele alega que a Petrobrás acumulou um prejuízo de R$ 133 bilhões em projetos nesse segmento. O chefe da pasta acrescentou ainda que o setor de petróleo e gás receberá R$ 2,7 trilhões em investimentos nos próximos dez anos. Já a área de energia elétrica ganhará recursos da ordem de R$ 500 bilhões. Por fim, o segmento de mineração terá um aporte de R$ 215 bilhões, segundo as previsões da pasta.