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Produção de aço mostra tendência de queda na AL. Brasil e México são os maiores consumidores

Assessoria de Imprensa - 22 de julho de 2022 674 Visualizações
Produção de aço mostra tendência de queda na AL. Brasil e México são os maiores consumidores

A Associação Latino Americana de Aço (Alacero), entidade que conecta as cadeias de consumidores e produtores de aço na região, concluiu seu relatório para o primeiro trimestre de 2022 que indica que a região da América Latina enfrenta um cenário complexo, marcado por desaceleração econômica, pressões inflacionárias sustentadas e volatilidade. Em 2021, a mesma região cresceu 6,7%, mas não conseguiu recuperar os níveis pré-pandemia. A recuperação ocorreu em um contexto de assimetrias significativas entre os países, alguns deles como Chile, Paraguai, Colômbia, Peru e Brasil recuperaram, em 2021, os níveis de 2019 do PIB. Para 2022, espera-se uma desaceleração. Para a associação, a América Latina crescerá apenas um quarto do que avançou em 2021. O conflito armado entre Rússia e Ucrânia gerou uma escalada geral nos preços das commodities, dados indicam alta de 23,6% na soja, 34% na de milho, 138% em trigo e 99% em gás natural da Europa. Em volumes, a produção dos setores demandantes de aço está altamente concentrada no Brasil e no México, de 83 mil toneladas de aço em 2021, o Brasil utilizou cerca de 45 mil e o México 24 mil.

Para a associação, a corrida eleitoral no Brasil ofuscará as perspectivas de consolidação das contas públicas neste ano. A demanda por aço no país diminuiu 9,6% na construção civil e 8,9% na indústria automotiva, mas cresceu 4,4% em petróleo e gás e 1,4% em energia, o que mostra que o país está investindo em energia renovável. Para o país, espera-se uma estagnação geral em 2022 com uma ligeira melhoria em 2023.

De acordo com a Alacero, em 2021 foram gerados mais de 100 mil empregos na indústria siderúrgica regional, superando o número anterior à pandemia (2019). Esse aumento representa uma alta de 8,3% com relação a 2020, ano em que 93 mil postos de trabalho foram perdidos. Com isso, o setor na América Latina atingiu 1,3 milhão de empregos, um resultado fundamental para a recuperação econômica após a crise sanitária. “Apesar do grande impacto da pandemia nos níveis de emprego, a nossa indústria demonstrou sua resiliência mais uma vez”, disse o diretor executivo da associação, Alejandro Wagner. “No primeiro ano da pandemia, 18 fornos pararam de operar e houve uma perda de mais de 90 mil empregos no nosso setor. Mesmo assim, em 2021 a indústria do aço deu rápidos sinais de melhoria: houve uma recuperação de 9%, acima dos 8,1% do restante da cadeia de valor. Hoje, para cada posto de trabalho na indústria do aço são gerados outros empregos indiretos dentro dessa cadeia”, acrescentou.

A entidade também revela que para cada posto de trabalho na área são gerados em média outros 4,93 empregos indiretos na cadeia de valor. O Brasil foi o país que registrou o maior aumento de empregos diretos em 2021 com relação a 2020, com um total de mais de 16.600 postos, seguido pelo Peru, com 1.900. Já os países com maior indicador de geração de empregos indiretos em 2021 foram Chile (9,67), México (6,50), Equador (5,28), Argentina (4,76) e Brasil (4,44). Outro ponto de atenção na cadeia siderúrgica latino-americana são as assimetrias competitivas que dificultam o crescimento e têm impacto negativo na geração de empregos, devido à alta carga tributária. Como resultado, as importações da China, por exemplo, já afetam cerca de 5,3 milhões de empregos produtivos e de alta qualidade.