A energia gerada a partir das ondas marítimas é “o elixir” para lidar com as mudanças climáticas, acabando com a dependência dos Estados Unidos em relação aos combustíveis fósseis. A afirmação é da secretária do Departamento de Energia dos país (DOE), Jennifer Granholm, que visitou nesta semana o O.H. Hinsdale Wave Research Laboratory, localizado na Oregon State University (OSU). Granholm, juntamente com os senadores norte-americanos do Oregon, Ron Wyden e Jeff Merkley, e a governadora do Oregon, Kate Brown. O grupo visitou o laboratório de energia gerada a partir das ondas marítimas e discutiu futuro da energia verde no país.
A visita foi organizada pela OSU e o Pacific Marine Energy Center, um consórcio de universidades, incluindo a Oregon State, focado no avanço da energia renovável marinha. Durante a visita, a secretária, os senadores e o governador ouviram atualizações sobre a PacWave, a instalação de teste de energia das ondas em oceano aberto do estado de Oregon, que será construída a 11 quilômetros da costa do estado, ao sul de Newport. O grupo também ouviu a respeito da C-Power, uma empresa de Oregon que fabrica dispositivos de geração marinha de energia.
No início do ano, o Departamento de Energia dos EUA concedeu US$ 25 milhões a oito projetos de energia das ondas do mar, que comporão a primeira rodada de testes em águas abertas no local de testes PacWave South, na costa de Oregon. Na ocasião, a secretária Granholm já havia declarado que aproveitar o poder do oceano é uma maneira limpa, inovadora e sustentável de reduzir a poluição por carbono, beneficiando empresas e famílias americanas, especialmente as comunidades costeiras mais afetadas pelos impactos das mudanças climáticas.
Na visita desta semana, os líderes estaduais e federais também ouviram apresentações sobre o uso de robôs submarinos autônomos, que são vistos como a chave para inspecionar e manter com segurança os equipamentos de geração submarina. “Todos nós já estivemos no oceano. Todos nós sentimos a energia que ele tem. Essa energia pode ser usada para acender as luzes em nossas casas. Essas ondas nunca param de se mover”, disse Granholm a um grupo de pesquisadores e estudantes da OSU depois de visitar a bacia de ondas e o canal do laboratório.
A Oregon State University assume as questões mais urgentes da sociedade, como as mudanças climáticas, apresentando soluções de energia limpa. Tenho orgulho de nossas iniciativas de pesquisa e desenvolvimento de energia marinha, que só são possíveis devido ao apoio que recebemos nos níveis federal e estadual”, disse a presidente interina da OSU, Becky Johnson, aos líderes estaduais e federais.
Além disso, o senador Wyden se comprometeu a priorizar a colaboração, a pesquisa e o investimento federal no avanço do desenvolvimento da energia das ondas. O parlamentar acrescentou que as energias eólica, solar e das ondas mostram um enorme potencial. “Temos algumas das melhores localizações para a energia das ondas e precisamos de instalações como este laboratório e a PacWave para desenvolver as tecnologias para extraí-la. Minha esperança é que daqui a 10 anos a energia das ondas seja uma coisa real”, acrescentou.