Arquiteta resgata paisagem natural em projeto para a marginal Tietê
Ciclo Vivo
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18 de fevereiro de 2015
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O ressurgimento das águas na paisagem paulistana é uma das maneiras de construir uma cidade sustentável, acredita a arquiteta Pérola Felipette Brocaneli. Tanto ela aposta nisso que desenvolveu um projeto enquanto estudava na USP (Universidade de São Paulo).
O trabalho foi sua tese de doutorado em paisagem e ambiente, defendida na Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da USP, em 2007. Ela faz um resgate histórico onde mostra, entre outras coisas, a importância do rio na oferta de alimentos por meio da pesca, como o relacionamento do paulistano com a água alterou ao longo do tempo e o desenvolvimento dos sistemas de abastecimento.
Será então que a solução seria voltarmos à era pré-industrial? Nada disso. Pérola defende que a expansão das cidades é imprescindível para o desenvolvimento humano, por isso o que se deve pensar é em estruturas ecológicas que não separem vida silvestre das áreas urbanas.
Ao fazer um retrato das principais mudanças econômicas e culturais que marcaram os últimos séculos (e alteraram drasticamente a paisagem ambiental), a arquiteta ressalta que é necessário que a natureza esteja inserida no ambiente urbano. “É imprescidivel ver a água na paisagem da cidade para valorizá-la”, diz Peróla em um trecho. “A água nos espaços urbanos promove a melhoria na leitura ambiental, urbanística e social”, acredita.
Devolver as várzeas às margens dos rios é um sonho que, para ser colocado em prática, incomodaria muito gente. “Por mais que pareça difícil acreditar na possibilidade de uma nova São Paulo, todos querem uma cidade mais bonita e agradável”, afirmou a arquiteta em entrevista ao National Geographic. Confira na ilustração abaixo como ficaria a marginal do rio Tietê.