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GDF doa à União terreno para construção do Parque Nelson Mandela

IAB DF - 23 de fevereiro de 2015 1452 Visualizações
 GDF doa à União terreno para construção do Parque Nelson Mandela
A realização de um concurso público internacional para selecionar o projeto arquitetônico do Parque Nelson Mandela e o do Museu Nacional da Memória Afro-brasileira (MNMAfro), ambos em Brasília, está cada vez mais próxima. O governador do Distrito Federal, Rodrigo Rollemberg, e o ministro da Cultura,Juca Ferreira, formalizaram na terça-feira, 10 de fevereiro, a doação de um terreno do governo local ao federal para a construção dos equipamentos públicos.

Segundo Juca Ferreira, a transferência do terreno, que fica ao lado da Ponte JK, próximo da QL 24, no Lago Sul, estava prevista desde a gestão passada, só não tinha sido concluída. “O processo da discussão do parque já foi dado, inclusive, com a participação da comunidade de Brasília. A área já estava determinada. A parte administrativa e a jurídica já estavam concluídas e, hoje, fechamos politicamente, declarou o ministro.

Com a formalização da doação do terreno, que tem 65 mil metros quadrados, o edital do concurso, a ser organizado pelo IAB-DF, poderá ser publicado. A previsão é que a competição seja lançada no segundo semestre deste ano.

Para o arquiteto, ex-presidente do IAB-DF e representante da comunidade do Lago Sul, Paulo Henrique Paranhos, a construção do parque e do museu atendem aos anseios da população.

“A decisão de se construir um equipamento cultural público, como o Parque Nelson Mandela, que vai abrigar o Museu Nacional da Cultural Afro-brasileira, em vez de um shopping center, é uma vitória da comunidade e um ganho para Brasília. A discussão da construção do museu é antiga. Nelson Mandela, em 1996, quando era presidente da África do Sul, lançou a pedra fundamental do museu”, explicou Paranhos.

Já o presidente do IAB-DF, Matheus Conque Seco Ferreira, diz que o concurso tem importância internacional e cria oportunidades para se discutir e aprimorar a prática profissional no país:

“A competição tem significado especial não só para o mundo da arquitetura, mas também na luta pela igualdade racial. Por se tratar de um concurso internacional, vai proporcionar uma visão geral das propostas dos arquitetos estrangeiros para o terreno e da interpretação deles sobre o tema.”

Em agosto do ano passado, o então presidente do Instituto Brasileiro de Museus (Ibram), Ângelo Oswaldo, anunciou a realização do concurso do Parque Nelson Mandela e do MNMAfro no coquetel oferecido pelo IAB aos delegados da União Internacional dos Arquitetos (UIA), que participavam do 25º Congresso Mundial da UIA, em Durban, na África do Sul.

Oswaldo explicou que o museu estava sendo conceituado a partir de estudos desenvolvidos pela Fundação Casa de Rui Barbosa, que reuniu especialistas da história e da cultura africana para definir as linhas gerais do projeto museológico.