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Holcim quer mudar acordo de fusão

- 24 de março de 2015 1899 Visualizações
Holcim quer mudar acordo de fusão
 - A Holcim pediu nesta segunda-feira (16) a suspensão de sua fusão com a Lafarge, pressionando a empresa francesa a renegociar os termos do acordo e colocando em risco o plano de criar a maior fabricante de cimento do mundo.
Anunciado em abril do ano passado, o acordo de fusão previa combinar as fabricantes de cimento em condições de igualdade. Mas, desde então, resultados divergentes, preços das ações e uma valorização do franco suíço em relação ao euro reforçaram a posição da Holcim e levaram seu maior acionista a pressionar publicamente a companhia por uma revisão do acordo com a Lafarge.
O Conselho de Administração da Holcim concluiu que o acordo de concentração não pode mais ser buscado em sua forma atual, disse a Holcim, em comunicado, completando que está pronta para tratar tanto da relação de troca de ações como de questões de governança.
A Lafarge disse, em comunicado separado, que estava disposta a considerar uma revisão da relação de troca de ações, mas não de outros aspectos do negócio entre as duas empresas, que foi apresentado como uma fusão de iguais.
O presidente da Lafarge, Bruno Lafont, se tornaria presidente-executivo da companhia resultante da fusão, mas a Holcim quer mudar o plano anterior, disse uma pessoa familiarizada com a situação.
Um dos dez principais acionistas da empresa disse à agência de notícias Reuters que a composição do Conselho também era um problema para o acordo, uma vez que o plano original de dividir os assentos igualmente com sete para cada lado já não era mais considerado justo.
Os acionistas de ambos os grupos ainda têm que ratificar o acordo de fusão, e alguns deles no lado da Holcim pediram mudanças nos termos anteriormente acordados, incluindo o investidor Thomas Schmidheiny, que detém uma participação de 20%.
 
Restrições
No final de 2014. o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) já tinha aprovado a fusão entre as empresas, com restrições previstas no acordo até então estabelecido.
Entre as restrições acertadas entre as companhias e o órgão antitruste está a venda de fábricas de cimento e concreto nas cidades mineiras de Arcos, Matozinhos e Santa Luzia, e também na cidade de Cantagalo, no Rio de Janeiro.
A fusão criará o terceiro maior grupo do setor no Brasil, numa operação com valor de mercado avaliado em mais de US$ 50 bilhões./Reuters