Bikes e ônibus ganham prioridade em Plano de Mobilidade Urbana de SP
ciclo vivo
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23 de abril de 2015
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A bicicleta deve ganhar cada vez mais espaço nas ruas da cidade de São Paulo. O Plano de Mobilidade Urbana, apresentado recentemente pela prefeitura da capital paulista, está repleto de diretrizes e projetos para melhorar a estrutura cicloviária e incentivar o uso da bicicleta como meio de transporte na cidade.
O intuito da proposta é criar um modelo de mobilidade urbana que priorize o transporte coletivo e as opções de modais não motorizados, que promovem ganhos ambientais, econômicos, sociais e de saúde aos usuários e à cidade.
Para fomentar o uso da bicicleta, algumas medidas importantes devem ser colocadas em prática. Algumas das mais importantes estão ligadas à infraestrutura e educação.
Em termos de pistas exclusivas, os objetivos são divididos em períodos. Até o final de 2016, a cidade deve ter, ao menos, 220 km de ciclovias, incorporadas à malha já existente, e mais 40 novos quilômetros instaladas em corredores de ônibus. Em 2024 a cidade já deverá contar com 450 km de ciclovias em corredores de transporte coletivo e outros 400 na malha existente. Por fim, em 2030, São Paulo deverá contabilizar mais 50 km de ciclovias em corredores e outro cem novos na malha cicloviária.
O programa ainda prevê que todas as novas obras, de construção e alargamento de vias, pontes, viadutos e passagens subterrâneas incluam faixas exclusivas para bicicletas desde o projeto. Além disso, as estruturas já existentes deverão passar por adaptações, para que tenham espaços adequados para a passagem segura de pedestres e ciclistas.
Bicicletas Compartilhadas
A bicicleta já é por si só já um meio de transporte bastante democrático e de fácil acesso, principalmente se comparado aos carros. No entanto, para que ela esteja acessível a qualquer pessoal, a prefeitura de São Paulo pretende expandir e universalizar o sistema de compartilhamento de bicicletas.
A cidade já possui algumas estações de empréstimo espalhadas pelas regiões próximas às ciclovias, ciclofaixas e ciclorrotas. O intuito é chegar a 2030 com o sistema abrangendo 100% do território paulistano. Além de aumentar a capacidade, existe o projeto de integrá-lo ao transporte coletivo da cidade, com o cidadão usando apenas o seu próprio Bilhete Único (vale transporte municipal) para retirar as bicicletas nas estações.
Intermodalidade
O Plano de Mobilidade foi pensado para que a bicicleta esteja totalmente integrada aos transportes coletivos. Por isso, ele inclui a criação de paraciclos e bicicletários nas estações de trens, metrôs e terminais de ônibus, para facilitar a mescla entre os diferentes meios de transporte. Também foram incluídas alternativas que facilitam aos ciclistas carregarem as suas bicicletas mesmo quando estiverem usando o transporte público.
Educação
Apenas a estrutura física e as sinalizações não são suficientes para garantir a segurança e a popularização no uso da bicicleta como meio de transporte. Portanto, o Plano prevê ações educativas, que buscam informar e conscientizar os condutores de veículos automotivos, bem como os ciclistas. Os programas também devem promover a reflexão sobre os benefícios do uso da bicicleta e os comportamentos de respeito aos ciclistas e demais usuários da via.