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Inovação em pavimentação pode trazer desenvolvimento para o Brasil

- 11 de maio de 2023 468 Visualizações
Inovação em pavimentação pode trazer desenvolvimento para o Brasil

Pesquisa da Confederação Nacional do Transporte (CNT) de 2022 aponta que 87,6% das rodovias brasileiras não são pavimentadas. Dentro desse índice estão, em grande volume, as estradas municipais, que ligam comunidades rurais aos centros urbanos, e onde as tecnologias de pavimentação podem fazer diferença.

É sobre isso que a Ingevity vai debater em workshop durante a Paving Expo 2023. Marcado para a manhã do dia 25 de maio (quinta-feira), a empresa vai levar especialistas do setor para mostrar como as tecnologias têm trazido melhor qualidade para a pavimentação no exterior, e como elas devem ser mais utilizadas no Brasil.

Reciclagem e emulsão de asfaltos

Hernando Macedo Faria, gerente de Unidade de Negócios da Ingevity, destaca o papel da reciclagem profunda de pavimentos (FDR) na pavimentação de rodovias no Brasil. O processo utiliza os próprios materiais do solo para fazer a estabilização antes de pavimentar, reduzindo custos e acelerando a obra.

Isso é válido tanto para estradas de terra, utilizando o próprio material do solo, quanto para recuperação do asfalto de rodovias deterioradas, algo importante no Brasil, dado que mais de um quarto das rodovias são consideradas ruins ou péssimas, segundo a CNT.

O que permite que isso seja feito é a emulsão asfáltica, a tecnologia por trás da FDR. Faria também aponta que é mais sustentável, já que são reutilizados os materiais dispostos no local, inclusive reaproveitando o pavimento anterior em caso de recuperação de rodovias.

Tendências internacionais

Outro tema do workshop será o revestimento asfáltico reutilizável (RAP, na sigla em inglês), algo que também é pouco utilizado no Brasil e que tem ampla oportunidade. “O RAP é o principal material reciclado nos Estados Unidos, algo que no Brasil é deixado de lado”, diz o gerente da Ingevity.

Outra tendência internacional é a fresagem a morno, que traz benefícios ambientais e até econômicos, como a redução do uso de combustíveis. Muito usado nos Estados Unidos, Faria diz que no Brasil apenas 2% das obras de pavimentação usam o procedimento.

Estes e outros exemplos internacionais serão apresentados por especialistas que também participaram do workshop da Ingevity na Paving Expo 2023. Entre eles, estão o professor da USP José Leomar, que vai traçar um paralelo sobre o uso de pavimentos flexíveis no Brasil e no mundo, e Jorge Escalante, do Grupo TDM, que trará um panorama sobre o estado atual do RAP no Peru.