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TECNOLOGIA

Por que as máquinas não vão substituir profissionais

Assessoria de imprensa - 19 de junho de 2023 393 Visualizações
Por que as máquinas não vão substituir profissionais

[foto: freepik]

A cada nova Inteligência Artificial (IA) criada, surgem questionamentos sobre o futuro dos seres humanos diante de sistemas cada vez mais complexos e próximos da racionalidade e interação que, até então, só as pessoas eram capazes de entregar. Uma pesquisa feita pela IBM (International Business Machines Corporation), empresa americana de informática, mostrou que 41% das companhias brasileiras utilizam, de alguma forma, a tecnologia, seja para se proteger de ameaças cibernéticas ou para automatizar e agilizar processos

Com o avanço na adoção de tais ferramentas – o estudo revela ainda que 66% dos profissionais de Tecnologia da Informação (TI) indicam que suas empresas estão implementando IA ou têm planos para isso –, é comum o receio sobre a relação com as máquinas. Os especialistas, no entanto, tranquilizam os ânimos ao indicar que o futuro é de integração. “O objetivo da IA é melhorar a vida humana, aumentando a produtividade e reduzindo a necessidade de tarefas repetitivas”, explica o professor Fábio Gagliardi Cozman, diretor do Centro de Inteligência Artificial da Universidade de São Paulo (USP)

Por outro lado, a sensação de insegurança profissional é reforçada por estudos que tratam a tecnologia como vilã. O banco de investimentos Goldman Sachs, por exemplo, vê a automação gerada pelas IAs como ameaça para cerca de 300 milhões de empregos em tempo integral, ainda que possa gerar um crescimento de 7% da economia

O diferencial, então, é a posição e capacitação profissional. Uma vez que a tecnologia tem como propósito essa função de facilitadora, não pode substituir, ao todo, as capacidades humanas, já que são fruto de análises e pesquisas criadas a partir do conhecimento técnico e pensamento inovador. É o caso dos profissionais da área tecnológica, formada pelas Engenharias, Agronomia e Geociências, defende o presidente do Conselho Regional de Engenharia e Agronomia do Estado de São Paulo (Crea-SP), engenheiro Vinicius Marchese. “Engenheiros, agrônomos, geocientistas e tecnólogos são precursores do movimento tecnológico e dos comportamentos sociais a partir da interação com serviços criados em ambienta digital. Isso não significa que nossos trabalhos estão protegidos apenas por isso, é preciso uma dedicação contínua para antecipar necessidades e suprir a demanda do mercado por tecnologia”, afirma

Para Marchese, que é engenheiro de telecomunicações e acompanha essa evolução do mercado há anos, o resultado é que alguns empregos de fato deixarão de existir, mas outros surgirão em seus lugares. “Resta estarmos preparados para atuar neste cenário e lidar com esta transformação e novo desafio de interação com as máquinas”, comenta

Já para a engenheira Marcela Vairo, diretora de Dados, IA Apps e Automação na IBM Brasil, a tecnologia abre um mundo de possibilidades nos mais variados mercados e, por isso, não deve ser vista como ameaça. “Depois dos profissionais de TI, que englobam 54% dos grupos que usam IA dentro das empresas, logo na sequência estão os engenheiros de dados (35%), cientistas de dados e desenvolvedores (29%), profissionais de segurança (26%), fora os profissionais de marketing, gerentes de produtos, de vendas e RH, entre muitos outros. A lista é bem diversificada”, conta. Os interessados devem conhecer programação e elementos básicos de estatística, além de ter uma sensibilidade para questões de proteção de dados e de proteção de privacidade.

Os engenheiros compartilham suas análises e previsões sobre o tema em entrevista à 7ª edição da Revista CREA São Paulo. Leia mais na versão digital da publicação, disponível no site do Crea-SP.