Promoção eleva empréstimo à casa própria
DCI
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25 de maio de 2015
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O volume de empréstimos para compra e construção de imóveis somou R$ 9,25 bilhões em abril, alta nominal de 9% em relação a março e de 0,8% em relação ao mesmo mês do ano passado, segundo dados da Associação Brasileira das Entidades de Crédito Imobiliário e Poupança (Abecip).
O resultado, o melhor para o mês desde 1995, aponta que, mesmo com a economia mais reticente, as promoções das construtoras e esforços com venda de estoque tem dado resultado. Além do Feirão da Caixa, que está nos últimos meses ajudando as vendas, há as promoções das construtoras, que oferecem descontos que vão a R$ 50 mil dependendo do valor final do imóvel, afirmou o consultor imobiliário e presidente da administradora de imóveis Salles, Rogério Salles.
Apesar da alta em abril, quando analisado o primeiro quadrimestre, R$ 33,3 bilhões foram destinados à aquisição e construção de imóveis, resultado 3,2% inferior ao do mesmo período do ano passado. Tivemos os meses de janeiro e fevereiro mais fraco que a média, em função do resultado das eleições e insegurança do mercado. Com o anúncio da Caixa em reduzir o financiamento dos imóveis, quem pensava em comprar um novo se adiantou e acabou fechando negócio, completou Salles.
Outros números - Em 12 meses, até abril, o volume para aquisição e construção de imóveis com recursos das cadernetas do Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo (SBPE) alcançou R$ 111,8 bilhões, 2,7% inferior ao visto na comparação anual. Ainda segundo a Abecip, foram financiados, em abril, 44,6 mil imóveis, crescimento de 2% em relação a abril do ano passado. Ante março de 2015, houve alta de 20,8%. Nos primeiros quatro meses do ano, foram financiados mais de 154 mil imóveis, número 8% menor que o de igual período de 2014. Nos últimos 12 meses, até abril, foram financiadas 524,9 mil unidades, o que correspondeu a um recuo de 5,2% sobre os 12 meses anteriores.
Recursos da poupança - As cadernetas de poupança do Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo (SBPE) tiveram saídas líquidas de R$ 5,2 bilhões, em abril. Segundo a Abecip, as seguidas altas da taxa básica de juros beneficiaram as aplicações em renda fixa, que tem na Selic o parâmetro de rentabilidade. Os depósitos de poupança, que rendem TR mais juros fixos de 0,5% ao mês, perderam, portanto, competitividade em relação às demais opções de aplicação financeira.
Mesmo em uma fase pouco favorável para os depósitos de poupança, o volume total de recursos aplicados em cadernetas permitiu uma elevação do saldo de 6% comparativamente a abril de 2014, encerrando o mês em R$ 510,1 bilhões. No 1º trimestre, foram destinados R$ 24,1 bilhões à compra e construção de imóveis, diz a Abecip, 4,6% abaixo do mesmo período de 2014.