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CENÁRIO

Vendas de cimento têm queda acumulada no ano

Assessoria de Imprensa - 11 de outubro de 2023 790 Visualizações
Vendas de cimento têm queda acumulada no ano

O ciclo de cortes na taxa Selic ainda não foi suficiente para alavancar a indústria brasileira do cimento, que segue enfrentando dificuldades de recuperação da atividade. Em setembro, as vendas do produto tiveram queda de 5,1% em relação ao mesmo mês de 2022, atingindo 5,2 milhões de toneladas comercializadas, segundo o Sindicato Nacional da Indústria do Cimento – SNIC.
O acumulado do ano (janeiro a setembro) registrou um total de 46,8 milhões de toneladas vendidas, recuo de 2% comparado ao mesmo período do ano passado. Ao se analisar o despacho do insumo por dia útil nota-se uma retração de 2,5%sobre o mesmo mês do ano passado, ou seja, comercialização de 232,1 mil toneladas por dia em setembro de 2023. A taxa básica de juros em patamares elevados (12,75%) impacta o número de financiamentos imobiliários para construção, que teve redução de 44% no acumulado até agosto de 2023, com relação ao mesmo período de 2022.
Os principais indicadores de vendas de materiais de construção1, particularmente do cimento, continuam desacelerando em virtude da lenta recuperação da renda da população e do alto endividamento das famílias que atingiu 47,8% em julho deste ano, muito próximo do pico de 50% em julho de 2022.
Ademais o forte regime de chuvas registrados em setembro no país, especialmente nos estados do Sul, comprometeu fortemente a performance de vendas do setor.
No entanto, um cenário de franca recuperação de empregos2 e do Produto Interno Bruto e o arrefecimento da inflação, em relação ao ano passado, têm potencial para queda de vendas em torno de -1% no fechamento do ano, em linha com as projeções do SNIC.
No que diz respeito aos indicadores de confiança, o índice do consumidor3 subiu em setembro, atingindo o melhor nível desde o início de 2014 e o da construção4 alcançou o maior patamar desde outubro de 2022.
Porém, nem todos os segmentos da construção avançaram na mesma direção. O mercado imobiliário está menos confiante. A falta de mão de obra qualificada e o acesso ao crédito tem dificultado o cenário da construção. Já o segmento de serviços especializado e de infraestrutura compensaram, com maior confiança.
O anúncio da nova modalidade do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), o PAC Seleções, edital voltado para atender os projetos prioritários apresentados por estados e municípios em áreas essenciais como saúde, educação, infraestrutura social e urbana e mobilidade, poderá abrir novas possibilidades de obras.
Na esfera federal a aprovação pelo Senado do Projeto de Lei (PL) 412/22, que regulamenta o Mercado Brasileiro de Redução de Emissões (MBRE), chamado de Mercado de Carbono, tem sua construção ativa participação da indústria do cimento, que segue na vanguarda como primeiro setor a firmar um compromisso de neutralidade climática, em escala global, dentro do programa Race to Zero da ONU. O projeto brasileiro de neutralidade terá suas bases lançadas no 8º Congresso Brasileiro de Cimento (CBCi).

Vendas de cimento têm queda acumulada no ano

O ciclo de cortes na taxa Selic ainda não foi suficiente para alavancar a indústria brasileira do cimento, que segue enfrentando dificuldades de recuperação da atividade. Em setembro, as vendas do produto tiveram queda de 5,1% em relação ao mesmo mês de 2022, atingindo 5,2 milhões de toneladas comercializadas, segundo o Sindicato Nacional da Indústria do Cimento – SNIC.

O acumulado do ano (janeiro a setembro) registrou um total de 46,8 milhões de toneladas vendidas, recuo de 2% comparado ao mesmo período do ano passado. Ao se analisar o despacho do insumo por dia útil nota-se uma retração de 2,5%sobre o mesmo mês do ano passado, ou seja, comercialização de 232,1 mil toneladas por dia em setembro de 2023. A taxa básica de juros em patamares elevados (12,75%) impacta o número de financiamentos imobiliários para construção, que teve redução de 44% no acumulado até agosto de 2023, com relação ao mesmo período de 2022.

Os principais indicadores de vendas de materiais de construção1, particularmente do cimento, continuam desacelerando em virtude da lenta recuperação da renda da população e do alto endividamento das famílias que atingiu 47,8% em julho deste ano, muito próximo do pico de 50% em julho de 2022.

Ademais o forte regime de chuvas registrados em setembro no país, especialmente nos estados do Sul, comprometeu fortemente a performance de vendas do setor.

No entanto, um cenário de franca recuperação de empregos2 e do Produto Interno Bruto e o arrefecimento da inflação, em relação ao ano passado, têm potencial para queda de vendas em torno de -1% no fechamento do ano, em linha com as projeções do SNIC.

No que diz respeito aos indicadores de confiança, o índice do consumidor3 subiu em setembro, atingindo o melhor nível desde o início de 2014 e o da construção4 alcançou o maior patamar desde outubro de 2022.

Porém, nem todos os segmentos da construção avançaram na mesma direção. O mercado imobiliário está menos confiante. A falta de mão de obra qualificada e o acesso ao crédito tem dificultado o cenário da construção. Já o segmento de serviços especializado e de infraestrutura compensaram, com maior confiança.

O anúncio da nova modalidade do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), o PAC Seleções, edital voltado para atender os projetos prioritários apresentados por estados e municípios em áreas essenciais como saúde, educação, infraestrutura social e urbana e mobilidade, poderá abrir novas possibilidades de obras.

Na esfera federal a aprovação pelo Senado do Projeto de Lei (PL) 412/22, que regulamenta o Mercado Brasileiro de Redução de Emissões (MBRE), chamado de Mercado de Carbono, tem sua construção ativa participação da indústria do cimento, que segue na vanguarda como primeiro setor a firmar um compromisso de neutralidade climática, em escala global, dentro do programa Race to Zero da ONU. O projeto brasileiro de neutralidade terá suas bases lançadas no 8º Congresso Brasileiro de Cimento (CBCi).

“O início do ciclo de corte da taxa básica de juros da economia aponta boa direção para a retomada do crescimento, mas a ele deverão ser incorporados novos vetores que induzam o desenvolvimento da infraestrutura e a melhor dinâmica de programas importantes no campo do saneamento e da habitação, entre outros”.

Paulo Camillo Penna – Presidente do SNIC

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