Japão desenvolve “demolição invisível” para antigos arranha-céus
Quando a vida útil de um edifício chega ao seu fim, é comum que sua estrutura seja demolida e o terreno aproveitado para outro empreendimento. Em geral, o processo de demolição dos grandes edifícios causa muito transtorno, barulho, poeira e uma quantidade enorme de entulho. Além, é claro, do risco que os explosivos apresentam às construções vizinhas.
Entretanto, no Japão, sobretudo em Tóquio, devido à altíssima densidade construída, o método de implosão não pode ser aplicado, o que levou os japoneses a desenvolverem um método alternativo de desmontagem de edifícios: a “demolição invisível”.
O nome surgiu porque as demolições recentes da cidade vêm utilizando o sistema chamado Taisei Ecological Reproduction System, ou Tecorep. Essa nova tecnologia diminui o risco de acidentes nas obras e reduz o ruído e a poeira, mantendo todo o trabalho de desmontagem dentro do edifício.
No método Tecorep, um “chapéu” é instalado no topo do edifício, com colunas removíveis acopladas à estrutura original de aço. Escavadoras e outras máquinas pesadas quebram a construção por dentro e os macacos hidráulicos das colunas removíveis vão abaixando o chapéu, fazendo o prédio diminuir de tamanho. À medida que o material de demolição é arriado, os guindastes geram energia para a iluminação da obra.
Veja como é o processo no vídeo abaixo, que mostra a demolição do Akasaka Prince Hotel. A técnica permite ainda que o material resultante da demolição, como concreto e aço, sejam separados de forma mais eficiente.