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Um marco da engenharia brasileira e do setor de óleo e gás completou cinco anos. Projeto executado pela Techint Engenharia e Construção, o navio-plataforma P-76, da Petrobras, coleciona recordes. A FPSO foi construída entre 2014 e 2018, com 70% de conteúdo local e 5 mil profissionais no pico de obra, e passou a operar no pré-sal brasileiro no início de 2019, na Bacia de Campos, onde atingiu o topo de produção de 150 mil barris de petróleo por dia em menos de 8 meses. A P-76 tem, ainda, capacidade de produção de 7 milhões de metros cúbicos de gás natural/dia.
Realizada na Unidade Offshore Techint (UOT), em Pontal do Paraná (PR), a construção da P-76 demandou a contratação e desenvolvimento de fornecedores de todo o país. Ao longo do projeto, a Techint E&C capacitou mais de 1.500 profissionais, que se tornaram especializados no mercado de óleo e gás. O projeto impulsionou ainda a industrialização da região, gerando renda e emprego para a comunidade local. No período de 2014 a 2018, foram gerados mais de 9.400 empregos diretos, em uma região que conta com cerca de 26 mil moradores. Desses, mais de 300 moradores de Pontal do Paraná tiveram a carteira assinada pela primeira vez.
“Temos orgulho de nossa capacidade de execução de projetos que contribuem para o desenvolvimento da infraestrutura e da indústria no país, sem abrir mão da melhoria da qualidade de vida de nossos empregados e de seus familiares. A P-76 é um desses exemplos, um de nossos maiores orgulhos. Uma gigante do mar com uma produtividade tão grandiosa quanto seu tamanho, que permitiu investir mais em conteúdo local e gerar resultados ainda mais efetivos para o Brasil”, diz Thiago de Oliveira, Diretor Comercial da Techint Engenharia e Construção no Brasil.
O marco de cinco anos da P-76 foi lembrado também pelo presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, que em suas redes sociais abordou o excelente desempenho do navio-plataforma. "Quero dar os parabéns pelos cinco anos de operação da nossa plataforma própria mais eficiente na produção de petróleo, resultado apurado em 2023 pelo ranking da ANP. São cinco anos de muitos desafios superados e de riqueza gerada para o Brasil. Que 2024 seja novamente de tantos resultados reconhecidos", afirmou, em vídeo publicado em homenagem à data.
Superando desafios
A construção dos módulos da P-76 foi toda feita na UOT, em Pontal do Paraná, e os trabalhos de engenharia e suprimentos foram em sua maioria realizados na cidade do Rio de Janeiro. As turbomáquinas dos módulos de geração e compressão foram fornecidos pela Petrobras e cinco módulos foram subcontratados. O E-House, por exemplo foi feito em Batan, Indonésia, e outros quatro módulos de estrutura metálica foram contratados na Turquia. O projeto recebeu materiais e equipamentos vindos de Cingapura, Vietnã, Turquia, Itália e Estados Unidos, entre outros países.
De acordo com Guilherme Mello, Presidente da Techint E&C no Brasil, o maior desafio na construção foi o módulo M9, onde ficam os manifolds de produção. Só para essa parte, foram fabricadas 582 toneladas de tubulação de um total de 3.100 toneladas previstas para todo o projeto. “São tubulações de altíssima pressão e de materiais nobres. É preciso acertar no milímetro, não se pode perder uma válvula dessas. Nós automatizamos muito o processo de pré-fabricação e soldagem para garantir isso”, comenta Guilherme.
O escopo do projeto abrangeu, além da construção e integração de módulos, o transporte, a instalação na localização final, a operação assistida e a certificação do funcionamento do navio-plataforma. No dia 19 de dezembro de 2018, a P-76 partiu de Pontal do Paraná para a realização de testes no campo de Búzios 3, no pré-sal brasileiro. Em 20 de fevereiro de 2019, a P-76 produzia seu primeiro óleo, dando início à operação, que se tornou um símbolo da capacidade da indústria naval brasileira.
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