[Imagens:Por Jean Carlos, do MetrôCPTM]
Fase de planejamento deverá durar quatro anos e meio enquanto as obras deverão ser executadas em seis anos. Cronograma indica que as primeiras viagens serão realizadas em 2032
A proposta de ligações de trens de alta velocidade (TAV) no Brasil são consideradas alvo de muita expectativa. Dentro deste campo, destaca-se a proposta promovida pela empresa TAV Brasil para ligar São Paulo ao Rio de Janeiro.
O novo serviço de alta velocidade será inédito no país e terá extensão de aproximadamente 417 km entre Rio de Janeiro e São Paulo. O projeto é uma concessão que terá duração de 99 anos com possibilidade de renovação.
Cronograma
O cronograma do projeto estabelece que o TAV deverá estar em operação em um prazo de 10 anos. A primeira etapa é a realização dos estudos de viabilidade técnica, econômica e social que terá duração de dois anos e tem previsão de serem finalizados no final de 2024.
A próxima etapa, segundo o cronograma, é a obtenção das licenças prévias que deverão ocorrer entre 2024 e 2025. O projeto executivo deverá ser preparado entre o segundo semestre de 2024 e o primeiro semestre de 2026, com duração de dois anos.
Ao mesmo tempo em que o projeto executivo for sendo elaborado, a TAV Brasil precisará obter a licença de instalação por volta do primeiro semestre de 2026.
A implantação do projeto ocorrerá em seis anos. As obras deverão ser iniciadas no segundo semestre de 2026 e terminar no primeiro semestre de 2032. Até o final de 2032, a licença de operação e o início das primeiras viagens deverão ocorrer.
O traçado deverá ser semelhante ao primeiro projeto em estudo do TAV elaborado pelo governo federal. As principais mudanças ocorreram na chegada às cidades do Rio de Janeiro e São Paulo.
Um dos principais desafios é a implantação do túnel de 8,6 km para cruzar a Serra das Araras no Rio de Janeiro. Em São Paulo o traçado vai aproveitar o trecho do Rodoanel Norte em construção.
Os trens do TAV deverão ter bitola internacional de 1,435 mm e velocidade de 320 km/h chegando em alguns apontos a 350 km/h.
Os trens serão tracionados por energia elétrica com 25kV (geralmente em corrente alternada). A sinalização será do tipo ETCS Nível 2 e comunicação do tipo GSM-R.
A rampa máxima para o projeto será de 3,5% e o tipo de trens utilizados serão do tipo TUE, o mesmo padrão utilizado nas ferrovias de alta velocidade no exterior.
Financiamento
O maior desafio para o projeto é o seu financiamento. Orçado em R$ 50 bilhões, o projeto deverá focar no desenvolvimento imobiliário para resolver a questão do alto custo.
O desenvolvimento de estruturas em anexo como estacionamentos, shoppings, conjuntos hoteleiros e espaços de convivência com a exploração do direito de laje poderá tornar as estações mais do que lugares de parada, mas centros de comércio e serviços regionais.
Segundo o site Poder 360, a TAV Brasil já firmou seis acordos com empresas interessadas em investir no projeto.
Cabe citar que o Trem de Alta Velocidade é um projeto 100% privado, sem nenhuma interferência, financiamento ou participação do governo federal.