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O Governo de Sergipe, por intermédio da Secretaria de Estado do Turismo (Setur), desenvolveu um estudo para a implantação da Unidade de Conservação Ambiental que dará suporte à Rota da Farinha entre os municípios de Macambira, Campo do Brito e São Domingos. O estudo que vai beneficiar a nova proposta de roteiro turístico foi entregue à Secretaria de Estado do Meio Ambiente, Sustentabilidade e Ações Climáticas (Semac) neste mês. Trata-se de um diagnóstico ambiental, fruto de ações iniciadas em 2019, para reconhecer todo o potencial que existe entre os respectivos municípios que compõem o projeto Rota da Farinha. O objetivo é desenvolver políticas públicas para instituir o ecoturismo na região.
De acordo com a engenheira ambiental da Setur, Thassia Luiza Santana Costa, foi necessário partilhar o estudo com a Semac, a fim de que os gestores da pasta o contemplem e o complementem no contexto da classificação da futura Unidade de Conservação. Desse modo, ela aponta, a proposta poderá ser executada o quanto antes, a fim de assegurar a execução do turismo sustentável na região.
“A parceria entre a Setur e a Semac é muito importante para podermos construir uma rede de proteção das áreas naturais da região por meio da possibilidade da Unidade de Conservação Ambiental que admita o turismo e outras atividades econômicas, mas que não provoquem degradação dos ambientes naturais. Vale destacar que identificamos um ambiente muito rico em paisagens naturais cênicas, recursos hídricos e características ambientais valiosas, como feições geológicas e arqueológicas. Ali, existe um conjunto de cachoeiras, de áreas atrativas, onde há excursões turísticas acontecendo, necessitando de ordenamento”, ressalta a engenheira ambiental.
Apoio imprescindível
Representando a secretária de Estado do Meio Ambiente, Deborah Dias, o diretor da Assessoria de Planejamento da Semac, Wellington Santana, salientou a importância da entrega do estudo. “A preocupação com o futuro e com a geração futura é básica para todos, principalmente para a Secretaria de Meio Ambiente. Quero cumprimentar todos os envolvidos neste trabalho e dizer que, no que depender da Semac, tudo será feito para que ocorra exatamente o que se propõe”, assegura.
Para a bióloga e gerente das Áreas Protegidas e Florestas da Semac, Valdelice Barreto, o papel da secretaria nesse acordo é coordenar todo o processo capitaneado pela Setur de criação da Unidade de Conservação Ambiental no projeto da Rota da Farinha. “A Semac é um órgão que faz a criação, gestão e planejamento de unidades de conservação no estado. O papel, neste momento, é coordenar todo o processo técnico e as consultas públicas que visam apresentar o estudo às comunidades locais para a viabilidade ambiental da criação dessa unidade de conservação. No final, vamos coordenar o processo burocrático, legal de criação da unidade de conservação”, explica.
A agente de Desenvolvimento da Superintendência do Banco do Nordeste de Sergipe (BNB), Amanda Dias, por sua vez, destacou o Programa Desenvolvimento Territorial (Prodeter), que se alia às instituições parceiras para desempenhar e desenvolver determinada cadeia produtiva. “Com esse projeto, a gente queria alavancar o turismo. Conversando com a Setur, o projeto da Rota da Farinha foi apresentado. A gente se uniu para construir um plano de ação territorial, a fim de desenvolver o turismo na região que engloba Macambira, Campo do Brito e São Domingos. Será um turismo de base comunitária associado ao ecoturismo, que são instrumentos de gestão sustentável, no aspecto socioambiental, previstos no desenvolvimento dessa ação para a unidade de conservação”, afirma.
Na opinião do secretário de Comunicação de Macambira, Anderson Lima, a importância da unidade de conservação, que visa a futuras gerações, é a oportunidade de conferir as belezas naturais dos municípios. Ele acredita que, com essa unidade de conservação, vai existir crescimento turístico nas cidades. “Macambira tem cachoeira, tradicionalmente conhecida por todo o estado. Formalizando esse projeto, com certeza, vai crescer o turismo na região. A Rota da Farinha, por meio da produção da farinha de mandioca do município, vai agregar valores. Vai unir ecoturismo com as belezas naturais da Cachoeira de Macambira e da Pedra Arara”, declara.
O diretor de Cultura e Turismo de Campo do Brito, Daniel Souza de Jesus, também considera a entrega do estudo muito importante, porque identifica o ambiente como área de preservação. “É a melhor coisa que existe para a sociedade futura. Não falo nem por mim, que estou aqui hoje, mas, sim, pelos meus filhos e pelos netos que virão. Isso é muito importante, porque, hoje, há um ambiente onde podemos encontrar trilhas demarcadas. Fazer o ecoturismo de forma consciente cria um fluxo turístico para as comunidades – algumas delas, bem precárias. Com a Rota da Farinha, podemos trazer um público distinto, turístico, novo”, acredita.