Cidade possui plano estratégico de desenvolvimento de turismo
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21 de julho de 2015
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Em São José dos Campos temos efetivamente um plano estratégico estruturado para o turismo. A criação da Setur (Secretaria de Turismo) em fevereiro de 2013, somente reforçou o empenho da cidade e integra uma série de ações coordenadas, caso da inscrição no Programa Nacional de Municipalização de Turismo, coordenado pela Embratur. Dentro desse programa, São José já detém o selo de Município Turístico. Além da atual infraestrutura e das áreas de proteção ambiental, o município tem potencial para se desenvolver nos segmentos de turismo ecológico, rural, de eventos, negócios e tecnológico.
Outra característica positiva é que a cidade vive um momento de profunda transformação. O número de suítes nos hotéis triplicou, temos um aeroporto com voos para as principais capitais do país e o setor de serviços já supera, em número de empregos, o segmento industrial. Os pontos favoráveis ainda incluem o fato de o município ter um anel viário como as grandes metrópoles e ser um ponto de interconexão entre as duas maiores cidades do país, com o Sul de Minas Gerais, com o Litoral Norte de São Paulo e com o resto do interior do Estado por meio de Campinas. Para completar, somos a 24º cidade em qualidade de vida do país, em função do Índice de Desenvolvimento Humano (IDHM), estipulado pela ONU.
A ótima avaliação sobre qualidade de vida tem raízes também na consciência de sustentabilidade ambiental e, nesse quesito, igualmente estamos na vanguarda: mais de 60% do território do município está classificado como Área de Proteção Ambiental. Trata-se de um forte argumento para o desenvolvimento do chamado turismo ecológico e rural. Nesse caso, o Distrito de São Francisco Xavier, com 97% de seu território classificado como Área de proteção ambiental da Mantiqueira, fortalece nossa estratégia. O local abriga, inclusive, animais em extinção, como o Muriqui, maior macaco das Américas, e possui um conjunto de atrativos naturais, incluindo rampas de voo livre, cachoeiras, cascatas e pousadas.
Outra categoria, o turismo de eventos, independente do apelo cultural, empresarial ou esportivo, igualmente apresenta grande potencial de crescimento. A submodalidade de turismo tecnológico, além da recepção aos visitantes das multinacionais, conta com roteiros de visitas para estudantes e empresários às indústrias e institutos como o INPE e o ITA, entre outros.
E, entre as principais apostas, temos o turismo de negócios, vertical que agrega um valor de investimentos para a cidade maior do que o clássico turismo de lazer. Segundo a Embratur, o turista que viaja a negócios gasta diariamente o dobro daquele focado unicamente em lazer. Estamos falando, em média, de um gasto diários de US$ 150. Isto acontece porque a trabalho o turista não mede muito seus gastos, ou seja, não é ele propriamente que desembolsa os custos dos serviços. O chavão de que o turismo é bom para a cidade quando é bom para quem mora nela é também uma realidade em São José. A atividade é quase despercebida, porém de imensurável valia para o município.
Numericamente falando, a vertical de turismo de negócios é composto por 52 segmentos da economia e cada dólar investido no setor resulta em seis dólares de retorno. Com um plano estratégico único para ampliar as sinergias das ações, podemos avançar muito, pois projetos isolados acabam enfraquecendo o poder global da indústria turística.
São José mais também atende o índice da OMT (Organização Mundial de Turismo). Segundo a entidade, a participação do turismo planejado e de retorno e satisfação para a cidade varia de 1 turista para cada 50 habitantes até 3 turistas para cada 50 habitantes. Lutamos pelo desafio de transformar a cidade-dormitório na cidade acolhedora e charmosa, sabendo que somos atraentes o suficiente para que o turista de negócios alie dias de trabalho ao lazer.
Se os dados apontam para uma oportunidade, representam também um desafio. O turista já se faz presente em nossa cidade, só falta convencê-los a passar o final de semana na cidade, para que tragam a família e aproveitem tudo o que a cidade tem a oferecer: gastronomia de qualidade, bons shoppings, vida noturna agitada, rede hoteleira de alto nível, parques, a pérola do distrito de São Francisco Xavier, opções de lazer e entretenimento.
Como se não bastasse, temos ainda, uma localização privilegiada que, num raio de menos de duzentos quilômetros, une todas as modalidades de turismo como o praiano, o de montanha, o religioso, o cultural, o histórico e o de aventura. E mais, chamar a atenção do turista comum custaria muito mais ao município e seria menos eficiente do que focar os esforços em quem já está aqui. A cidade acolhedora hospeda, recepciona e irradia negócios na região. O turismo como destino isolado não acontece. Integrado e organizado, funciona, mas desde que conte com o envolvimento da comunidade local, assim como da região.