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Parque Tecnológico tem área e fôlego para expansão

- 21 de julho de 2015 1520 Visualizações
Criado em 2009, o Parque Tecnológico de São José dos Campos tem uma área de 25 milhões de m2, definida por lei como  (Zeptec), uma região no entorno da construção atual que sedia dois centros empresariais com cerca de 70 empresas e instituições. O terceiro centro empresarial está a caminho, consolidando a vocação empreendedora do local. Apesar do peso da indústria aeroespacial – Embraer, Boeing e Airbus têm instalações no local – a instituição caminha para a diversificação. Setores como os de tecnologia da informação e telecomunicações e óleo e gás, água e saneamento, além de energia, já integram o portfólio do Parque. Das cerca de sete dezenas de empresas atuais, 10% são grandes corporações e outras 30% são provenientes das incubadoras da cidade. Aliás, o Parque é responsável pela gestão do quarteto. 
“O setor aeroespacial é sazonal, então é estratégico diversificar a atuação do Parque”, explica o diretor de Planejamento da instituição, Marcelo Sáfadi Álvares, um executivo com passagens pela Vale e Embraer, sempre envolvido com projetos de financiamento de projetos de pesquisa, desenvolvimento e inovação (PD&I). Um exemplo da diversificação é a presença singular de uma filial do IPT – Instituto de Pesquisas Tecnológicas, de São Paulo. Um dos focos do Instituto em São José dos Campos é o estudo de materiais compósitos não só para aplicação na indústria aeroespacial como também na automotiva e na de óleo e gás. A área de energia renovável é outra nova vertente. Vários laboratórios, caso do dos de motores, estão equipados para estudos envolvendo o desenvolvimento de veículos híbridos, uma das apostas do diretor de Planejamento. As aplicações de smart grid também podem ser alvo dessa área montada e estruturada pela Vale.
Falar em smart grid envolve iniciativas de cidades inteligentes, onde a integração é palavra chave. Esse é o moto da Ericsson, uma das grandes corporações presentes no Parque, ao lado das gigantes da aeronáutica e da Visiona, para ficar em alguns nomes. A Sabesp também possui instalações no Parque e há um roadmap de aplicações possíveis citadas por Sáfadi como potenciais, incluindo a avaliação de hidrômetros inteligentes e da detecção automática e remota de vazamentos, um tipo de iniciativa de alto impacto num país onde as perdas das utilities da área de saneamento básico são muito altas. 
O universo de empresas ligadas ao segmento de tecnologia da informação e telecomunicações inclui atividades diversificadas, que vão da eletroeletrônica embarcada para o setor aeroespacial até o uso de simuladores para avaliação de fornos. Nesse último caso, o range pode variar dos equipamentos utilizados em grandes siderúrgicas até mesmo a indústria de alimentos. “Análises de simulação reduzem significativamente os custos, pois evita-se testar o sistema real, e economizam o tempo de ativação dos projetos”, argumenta Sáfadi. 
Além do avanço de novas verticais de mercado, o Parque reforça sua sinergia empreendedora ao coordenar as quatro incubadoras de São José dos Campos e de trabalhar em intensa colaboração com o Cecompi - Centro para Inovação e Competitividade do Cone Leste Paulista, outro organização social com participação da Prefeitura Municipal de São José dos Campos. Sáfadi é gerente executivo desse último, reforçando o vínculo entre as instituições. Parte dos 200 associados do Cecompi tem sido alvo prioritário em nível internacional. São empresas que fazem parte da cadeia aeroespacial e que participam de feiras internacionais como a de Le Bourget, na França, uma das mais importantes do mundo. “Trata-se de um esforço conjunto, incluindo agências federais como a Apex, para inserir essas companhias em nível global”, explica Sáfadi. De acordo com ele, as iniciativas são frutíferas. Em 2011, um grupo de companhias escolhidas exportava cerca de US$ 3 milhões, número que saltou para US$ 70 milhões em 2014. Outras ações, em conjunto com a ABDI – Associação Brasileira de Desenvolvimento Industrial – incentivam a capacitação de fornecedores para companhias como Embraer. 
Do lado da mão de obra, várias universidades estão presentes no Parque. Hoje, o local tem capacidade para absorver 2 mil alunos e a estimativa é atingir 5 mil em 2018. Assim como acontece com o DCTA, o Parque cria um círculo virtuoso de aproximação entre futuros profissionais e centros de PD&I. “Nossa expectativa é de que o Parque torne-se um grande centro, ampliando o ecossistema de empresas e instituições em seu entorno”, resume Sáfadi. 
 
 
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Marcelo Sáfadi Álvares, 
diretor de Planejamento da instituição