A Hyundai, quinta marca de automóvel mais vendida do país, começou a construir um centro de pesquisa e desenvolvimento na fábrica de Piracicaba, no interior paulista, com investimento estimado em R$ 100 milhões.  A expectativa é que o novo prédio seja concluído até o fim do ano que vem. Esse será o quinto centro de pesquisa da Hyundai no mundo, somando-se às unidades em operação na Coreia do Sul, sede do grupo, nos Estados Unidos, no Japão e na Alemanha.  O objetivo inicial será o desenvolvimento dos motores flex (bicombustível) que equipam os automóveis produzidos pela marca no país. O investimento, assim, está vinculado ao Inovar-Auto, o regime automotivo que cobra das montadoras maior eficiência dos propulsores, mas que também concede a elas incentivos fiscais em projetos como o executado pela Hyundai.  Hoje, o ministro do Trabalho e Emprego, Manoel Dias, participa ao lado do presidente da Hyundai no Brasil, William Lee, do evento que marca oficialmente o início das obras, assim como a renovação da adesão da empresa ao programa Ciência Sem Fronteiras. Durante a visita de Dias à fábrica de Piracicaba, Lee também assinará documento que oficializa o compromisso da empresa de não submeter trabalhadores a assédio moral.  Após investimentos de US$ 700 milhões do grupo coreano, a fábrica começou a produzir em setembro de 2012 com o objetivo de montar, no máximo, 150 mil carros por ano. Mas em menos de um ano de operação a Hyundai foi forçada a contratar um terceiro turno de trabalho para fazer frente ao sucesso do HB20, modelo fabricado no local. Entre 2013 e 2014, a montadora produziu, respectivamente, 166,3 mil e 173,8 mil veículos. Agora, está prestes a alcançar a marca de 500 mil carros desde a inauguração da fábrica.  De nona marca do mercado brasileiro, a Hyundai só fica agora atrás das quatro veteranas do pelotão de frente da indústria - Fiat, General Motors (GM), Volkswagen e Ford - e o HB20 figura na terceira colocação entre os carros de passeio mais vendidos do país, excluindo da análise a picape Strada, da categoria de utilitário leve.  Os coreanos, no entanto, não passaram imunes ao agravamento da crise no mercado, que inverteu a curva de crescimento registrada pelo HB20 desde seu lançamento. Neste ano, as vendas do modelo caem 4,4%.