A evolução tecnológica tem possibilitado ao longo das últimas décadas diversos avanços e a modernização de inúmeras áreas e funções. Processos que eram burocráticos passaram a ser mais simples, atividades se tornaram automáticas, informações e processos foram digitalizados e o trabalho se tornou mais preciso, ágil e eficiente. Além disso, dados de pessoas, empresas, instituições públicas e projetos passaram a ser protegidos por sistemas de segurança.
Para Rogério Neves, CEO da CPE Tecnologia, empresa que atua no mercado de soluções para geotecnologia, essa evolução é benéfica e contempla também a segurança física dos profissionais. “Hoje, muitas funções que expunham os trabalhadores a riscos estão automatizadas. Isso, além de contribuir para promover a modernização das profissões por meio de capacitações para operar as novas tecnologias, evita que haja grandes exposições a situações de perigo”, diz.
Dados do Ministério Público do Trabalho (MPT) e do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) mostram que em 2023, foram registrados 500 mil acidentes de trabalho em todo o país. Em 2022, esse número havia atingido a marca de 612,9 mil. “Trata-se de um movimento importante, que entre outros fatores, pode estar atrelado ao maior uso de recursos tecnológicos”, comenta.
“Um bom exemplo é a topografia, que passou por grandes transformações nos últimos anos. Atualmente, há recursos que fazem com muita precisão a análise e leitura de terrenos, mapeamento de áreas submersas e ambientes fechados, monitoramento aéreo, entre outras atividades que antes eram mais difíceis. Temos tecnologias que geram mapas exatos em 3D de áreas onde é muito difícil ter um ser humano. O trabalho a distância é até mais eficiente hoje em dia devido ao uso dessas ferramentas, que além de facilitarem a operação das atividades, trazem dados apurados, compilam e cruzam informações e contribuem para a construção de modelos matemáticos e para a tomada de decisões”, destaca.
Uso de EPIs não deve ser descartado
“Vale ressaltar que essa modernização não acaba com a necessidade do uso de equipamentos de proteção individual, os chamados EPIs. Além disso, é importante que sejam promovidos treinamentos constantes para evitar situações de risco. A tecnologia, sem dúvida, tem contribuído muito, mas os cuidados devem permanecer sempre”, pontua o executivo, que acrescenta que “com a inteligência artificial, podemos esperar por novidades em breve, não apenas na topografia, mas em variadas atividades econômicas, o que é fundamental para o desenvolvimento de um país”.