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Industrialização da construção civil é chave para conter aquecimento global

Assessoria de Imprensa - 27 de novembro de 2024 8 Visualizações
Industrialização da construção civil é chave para conter aquecimento global

O ano de 2024 será lembrado como um dos mais quentes da história do Brasil. De acordo com o Laboratório de Análise e Processamento de Imagens de Satélites (LAPIS), as temperaturas ficaram acima da média histórica do período 1991-2020, e 2024 já registrou nove episódios de ondas de calor. Na Europa, as temperaturas continuam a aumentar a mais do que o dobro da média global nos últimos 30 anos. Este cenário de crise climática tem tido impactos diretos na construção civil. Dados da Organização das Nações Unidas (ONU) indicam que quase 40% das emissões de gases de efeito estufa relacionados à energia estão associadas a novas edificações, reforçando a necessidade de revisar os modelos de construção em uso.

As chamadas construções eficientes têm se destacado como alternativas para mitigar os efeitos do aquecimento global. Empresas apostam na transformação da indústria com construções que eliminam o uso de água, utilizam materiais recicláveis 90% mais leves e empregam matéria-prima três vezes mais barata que o sistema convencional de alvenaria, resultando em obras até 30% mais rápidas, com menos mão de obra e menos resíduos. Soluções da Kingspan Isoeste, líder global em construtivos isotérmicos, por exemplo, promovem economia em equipamentos de climatização que chegam a até 73% de redução no gasto de energia.

No Brasil, a empresa se destaca no segmento de painéis e telhas térmicas. Empregados em casas, prédios, complexos esportivos, lojas de departamento e diversas outras aplicações na construção civil, esses produtos oferecem conforto térmico, menor consumo de energia (ou geração, em alguns casos) e redução estrutural. “Considerando que passamos cerca de 80% das nossas vidas dentro de edifícios, o que estamos construindo impacta diretamente a qualidade de vida das pessoas. Ainda, como trabalhamos com materiais mais leves, o frete é mais barato e gera menor utilização de combustível para transportar os equipamentos. É um impacto muito grande em toda a cadeia”, destaca Siegfried Wagner, Diretor de Marketing da Kingspan Isoeste.

Segundo estimativas da empresa, o custo total de uma obra feita de materiais isolados pode chegar a uma redução de até 15%. A economia pode ser ainda maior no longo prazo, uma vez que os materiais precisam de menos manutenção.

Um mercado inovador – mas cheio de desafios

Além de novas construções, no radar da Kingspan Isoeste também está a modernização de construções, conhecida como retrofiting. “Os edifícios já existentes são responsáveis por 26% das emissões globais relacionadas com a energia, de acordo com a International Energy Agency (IEA, 2023). “A modernização desses edifícios foi definida como crítica na descarbonização da construção global e atingimento das metas estabelecidas pelo Acordo de Paris No Brasil, é um mercado com um grande potencial a ser explorado. Temos cases de prédios antigos em péssimo estado que, após a restauração da fachada, se tornaram modernos e puderam ser alugados pelo proprietário”, explica Siegfried.

Os resultados da eficiência operacional e dos materiais da empresa estão detalhados no último relatório anual de sustentabilidade da multinacional irlandesa Kingspan, que anunciou uma redução absoluta de 65% nas emissões de Gases de Efeito Estufa (GEE) de escopos 1 e 2 desde 2020.

Já a Kingspan Isoeste, joint venture formada em 2017, já tem mais de 40% da energia consumida em suas unidades provenientes de fonte renovável e aproximadamente 20% é gerada nas fábricas através de captação de energia solar.

No entanto, Siegfried reconhece que os desafios ainda são muitos. “Há muitos obstáculos culturais na adoção de métodos construtivos mais eficientes e sustentáveis no país. O setor ainda é bastante tradicional e resistente a inovações. Trata-se de materiais pouco conhecidos, embora, em outras partes do mundo, especialmente na Europa, já sejam amplamente difundidos. É preciso ter incentivos públicos para que este seja um movimento mais sistemático e consistente para todas as empresas”, acrescenta.