A alta demanda por obras em 2024 trouxe uma novidade para as construtoras brasileiras: a locação de equipamentos pesados para suas obras. O aumento de investimentos em construção civil e infraestrutura por parte de governos estaduais e do próprio governo federal é o responsável por este aquecimento deste segmento. Com mais obras em andamento, as construtoras estão apostando na locação para atender todas as demandas.
As projeções para 2025, divulgados pela Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC), mostram crescimento de 3% a 3,5% para os próximos meses — tendência seguida de perto pela Associação Brasileira da Infraestrutura e Indústrias de Base (ABDIB), que apontou mais de R$ 260 bilhões em investimento nas locações destes equipamentos, com destaque para empresas privadas.
“Para qualquer direção que olharmos, teremos mais obras. Seja em novas rodovias com concessões de pedágios, seja em obras de moradias como o Minha Casa, Minha Vida ou ainda as melhorias nas infraestruturas das cidades” explica Renan Camargo, Gestor da unidade de negócio de locação de equipamentos da De Amorim Locadora.
Custo de locação também entra na obra
O custo da locação dos equipamentos pesados é um fator-chave para grandes empresas. Os equipamentos dessa modalidade tem a vantagem da rapidez do processo e de que os equipamentos entregues são periodicamente revisados, garantindo inclusive manutenção e reposição de peças e equipamentos caso algum problema aconteça.
O mercado de aluguel para equipamentos pesados no Brasil está começando a acompanhar outros países. Dados do relatório da Mordor Intelligence sobre locação de máquinas para a construção civil no mundo mostram que mais de US$ 135 bilhões foram investidos no ano passado e, até 2029, o segmento vai movimentar US$ 170 bilhões:
“Em outros países as empresas preferem alugar esses equipamentos para reduzir custos e evitar problemas caso precise de alguma manutenção. Já dá para sentir que o Brasil entrou nessa espiral de locação justamente pelo bom momento de crescimento da construção civil, que movimenta não apenas refinarias, condomínios, mas também o entorno, com rodovias e outras obras de infraestrutura”, completa Renan.