Brasil pode demandar até 1,1 milhão de engenheiros até 2020
Um estudo divulgado pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) mostra que a crise não afetará o setor de engenharia nos próximos anos. O resultado da pesquisa conclui que a demanda brasileira por engenheiros deve criar ao menos 660 mil postos de trabalho até 2020.
Dentre as áreas da engenharia, a de petróleo e gás, que inclui extração e refino, apresentará o maior crescimento relativo de vagas, entre 13% e 19%.
Os pesquisadores Aguinaldo Maciente e Paulo Nascimento, do próprio Ipea, consideraram três cenários de crescimento médio anual da economia no Brasil até 2020.
No primeiro, o número de vagas chegaria a 658 mil, equivalente a 2,5%. No segundo cenário, alcançaria os 4%, com 930 mil. E no terceiro, 5,5%, e bateria 1 milhão de vagas. Entre os anos de 1996 e 2010 o PIB atingiu a taxa média de 3,1%, indicou o estudo.
De acordo com a análise, a expansão dos cursos de engenharia é a responsável pela alta demanda. Na realidade, o número de ingressantes na habilitação já vem subindo desde 2000. Até 2012 atingiu 351%.
A atual necessidade do mercado por estes profissionais também ajudou com que aumentasse o número de estudantes. Entretanto, os pesquisadores não descartam a possível falta de peritos em áreas específicas, como os setores de extração mineral e construção, citadas pelo estudo como mais críticas.