Programa no World of Concrete beneficia universidades
A World of Concrete, maior feira do mundo de produtos e equipamentos relacionados com o setor de cimento e concreto, artefatos e construção industrializada, gera anualmente alguns milhões de dólares em negócios. Em 2016, não foi diferente. De 1º a 5 de fevereiro, estima-se algo em torno de US$ 700 milhões (R$ 2,8 bilhões) em volume de vendas. Mas não é apenas o business que move o evento realizado em Las Vegas, no estado de Nevada-EUA. Uma parceria entre a organização do World of Concrete e quatro universidades norte-americanas permite gerar recursos extras para os cursos de engenharia civil e arquitetura das instituições.
Através do programa conhecido como CIM (Concrete Industry Management) as empresas que compram equipamentos novos têm a possibilidade de doar máquinas usadas para um leilão organizado durante o World of Concrete. Com isso, ganham descontos na aquisição de novos produtos, enquanto as universidades compartilham dos recursos angariados no leilão. Nos dez anos recentes, quase US$ 5 milhões já foram arrecadados. Para a CIM 2016, cujo leilão ocorreu dia 3 de fevereiro, no Centro de Convenções de Las Vegas, a expectativa é que possa ser transferido US$ 1 milhão às instituições de ensino.
Michael Philipps, presidente da comissão do leilão do CIM, explica onde será investido o dinheiro arrecadado em 2016. “Os recursos provenientes da CIM 2016 irão beneficiar a Middle Tennessee State University, o New Jersey Institute of Technology, a Texas State University e a California State University, precisamente o programa de MBA Executivo da instituição. Além disso, destinará recursos para o fundo de bolsas de estudos destas universidades”, diz, agradecendo a participação do setor. “A indústria de concreto certamente respondeu com um grande apoio ao leilão CIM deste ano”, completou.
Mais de 20 mil estudantes beneficiados
Em 2015, foram doados 150 equipamentos, e que permitiram doar US$ 800 mil para as universidades. Entre os itens que foram a leilão estavam betoneiras, misturadores de concreto, injetores de aditivos, formas, bombas para concretagem e geradores de energia. Em 2016, um equipamento tornou-se o mais cobiçado: um caminhão-betoneira de 1951, da Ford, e que foi recuperado pelo restaurador Dean Leaman – famoso nos Estados Unidos. Essa peça é que faz os leiloeiros acreditarem que as doações às universidades ultrapassem o milhão de dólares.
O programa CIM, desde que foi criado, em 1996, já ajudou a reter 80% dos alunos nos cursos de engenharia civil e arquitetura das universidades contempladas. Ele surgiu depois que a Middle Tennessee State University (MTSU) fez um apelo à indústria do concreto para que ajudasse a arrecadar fundos para seus cursos técnicos de graduação. A princípio, algumas empresas aderiram de imediato ao programa. No entanto, foi em 2006 que o CIM passou a ser um indutor de investimentos nas universidades. Naquele ano, pela primeira vez, ele foi adotado pelo World of Concrete. Desde então, 23 mil estudantes já foram beneficiados.
Saiba mais sobre o CIM
www.concretedegree.com
Entrevistado
Engenheiro civil Michael Philipps, presidente da comissão do leilão do CIM (Concrete Industry Management) (via assessoria de imprensa)
Contato: michaelf.philipps@cemex.com
Créditos fotos: Cortesia/World of Concrete/CIM
Jornalista responsável: Altair Santos MTB 2330