Ensino, saúde, renda e emprego geram cidades sustentáveis
Pelo oitavo ano seguido, a Firjan (Federação das Indústrias do Rio de Janeiro) divulgou no final de 2015 seuÍndice Firjan de Desenvolvimento dos Municípios (IFDM). O levantamento envolve os 5.565 municípios brasileiros e ranqueia aqueles que se destacam em oferta de qualidade de vida aos seus habitantes. Na recente edição, a conclusão é que ensino, saúde, renda e emprego geram cidades sustentáveis. Esses instrumentos permitem às populações terem mais acesso ao controle do gasto público e, consequentemente, mais influência sobre o poder público para reivindicar obras relevantes para as cidades.
Os municípios que se destacam possuem quase total cobertura de saneamento básico, instalações hospitalares, escolas, creches, ruas pavimentadas e calçamento. São obras alinhadas com boa prestação do serviço público que fizeram as cidades receberem pontuação entre 0.8 e 1.0. O IFDM vai de 0.0 a 1.0. Quanto mais próximo de 1.0, melhor a qualidade de vida nas localidades. Acima de 0.8, o município é considerado com alto desenvolvimento. Estão nesta situação 328. Entre os dez primeiros, nenhum encontra-se na condição de metrópole do país.
Confira a lista:
• 1ª Extrema-MG, 0.9050
• 2ª São José do Rio Preto-SP, 0.9046
• 3ª Indaiatuba-SP, 0.9009
• 4ª São Caetano do Sul-SP, 0.9006
• 5ª Vinhedo-SP, 0.8994
• 6ª Concórdia-SC, 0.8933
• 7ª Votuporanga-SP, 0.8914
• 8ª Paraguaçu Paulista-SP, 0.8907
• 9ª Jundiaí-SP, 0.8892
• 10ª Santos-SP, 0.8846
Na edição 2015 do IFDM, apenas oito capitais apresentaram alto desenvolvimento, enquanto as demais registram desenvolvimento moderado. Curitiba-PR ficou com a melhor pontuação no ranking (0.8618). A cidade registrou crescimento de 4,3% no indicador de emprego e renda, o que resultou em uma variação de 1,4% no índice geral. Com isso, passou da terceira para a primeira posição no ranking. São Paulo-SP registrou 0.8492 e manteve a segunda colocação, apesar da leve variação negativa em relação à medição anterior (-0,3%), por conta da queda na vertente emprego e renda, já refletindo o início da desaceleração econômica naquele ano.
Na terceira posição do ranking das capitais está Vitória-ES, que obteve 0.8421, seguida de Florianópolis-SC, que foi a primeira colocada em 2012, mas caiu para a quarta posição por conta do impacto negativo dos seus índices de Emprego e Renda e de Educação. Já o Rio de Janeiro-RJ alcançou a quinta posição, com variação positiva em todas as vertentes. As instalações construídas para a capital fluminense receber os jogos olímpicos de 2016 pesaram positivamente para ela subir no ranking – principalmente as obras relacionadas à mobilidade urbana.
O transporte público, aliás, tem peso relevante na posição do município dentro do Índice Firjan de Desenvolvimento dos Municípios. Estudo complementar da Firjan mostrou que 17 milhões de trabalhadores brasileiros demoram, em média, 114 minutos no deslocamento diário casa-trabalho-casa. Esse tempo perdido tem impacto sobre a economia – a chamada produção sacrificada – superior a R$ 111 bilhões por ano. A pesquisa analisou os dados de 601 municípios em 37 áreas metropolitanas do país.
Vejas as melhores capitais no IFDM:
• 1º Curitiba-PR, 0.8618 (posição no ranking geral: 45º)
• 2º São Paulo-SP, 0.8492 (posição no ranking geral: 98º)
• 3º Vitória-ES, 0.8421 (posição no ranking geral: 135º)
• 4º Florianópolis-SC, 0.8339 (posição no ranking geral: 170º)
• 5º Rio de Janeiro-RJ, 0.8281 (posição no ranking geral: 210º)
• 6º Goiânia-GO, 0.8209 (posição no ranking geral: 265º)
• 7º Campo Grande-MS, 0.8195 (posição no ranking geral: 277º)
• 8º Belo Horizonte-MG, 0.8135 (posição no ranking geral: 318º)
• 9º Cuiabá-MT, 0.7984 (posição no ranking geral: 446º)
• 10º Porto Alegre-RS, 0.7928 (posição no ranking geral: 500º)
Saiba mais sobre o IFDM
http://www.firjan.com.br/ifdm/consulta-ao-indice/
http://www.firjan.com.br/ifdm/downloads/
http://www.firjan.com.br/ifdm/destaques/
http://www.firjan.com.br/ifdm/destaques/estados/
http://www.firjan.com.br/ifdm/destaques/entrevistas/
Entrevistados
– Luciana de Sá, diretora de desenvolvimento econômico da Firjan
– Tatiana Sanchez, chefe da divisão de pesquisa estatística da Firjan
– Guilherme Mercês, gerente de estudos econômicos da Firjan
Contato: pesquisas@firjan.org.br
Crédito Foto: Divulgação/Prefeitura de Curitiba/Luiz Costa
Jornalista responsável: Altair Santos MTB 2330