Pontes vivas reduzem emissões de carbono e protegem animais
Ciclo Vivo
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19 de janeiro de 2017
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Erguidas sobre as rodovias que atravessam florestas e reservas naturais, as pontes vivas são passagens verdes que permitem que os animais circulem com segurança em seus habitats, além de cumprirem o fundamental papel de reduzir as emissões de carbono originadas dos automóveis, caminhões e dos centros urbanos de onde partem as estradas.
Também chamadas de ecodutos, estas estruturas foram primeiramente construídas em países europeus, a exemplo da Holanda e da Alemanha, que possuem rodovias cruzando áreas verdes que servem de moradia para diversos animais – como linces, raposas, veados e outros mamíferos de grande porte. As pontes vivas também foram erguidas em outras partes do mundo, como na América do Norte e na Austrália.
Um dos exemplos mais bem sucedidos a aderirem a este tipo de construção é o Parque Nacional Banff, no Canadá, com um total de 41 ecodutos, locais em que circulam mais de dez variedades de espécies diferentes de grandes mamíferos acima da TransCanada, movimentada rodovia do país norte-americano.
As pontes verdes não só trazem ganhos para o meio ambiente, como também para quem circula sob elas, uma vez que, quanto maior a presença de vegetais na paisagem, menor o estresse dos usuários, que passam a estabelecer maior contato com a natureza – logo, não é exagero dizer que estas estruturas reduzem direta e indiretamente os acidentes de trânsito.
Para concretizar a alternativa sustentável, os arquitetos e engenheiros sempre precisam observar as camadas de pedra da base da estrutura, respeitar as características do solo, o clima e a vegetação do local. A via de travessia precisa ser coberta por diversas espécies de plantas da flora nativa, a fim de evitar desequilíbrios ambientais de todos os níveis.
No Brasil
Um segundo: esse é o tempo necessário para que 15 animais morram por atropelamento nas estradas brasileiras. Em um ano, são 475 milhões de animais selvagens, incluindo 40 milhões de animais de médio porte, como gambás, lebres e macacos, e cinco milhões de animais de grande porte como onça, lobos, antas e capivaras. Neste último caso, há risco inclusive para motoristas e passageiros, que podem até morrer por causa da colisão.
Para mudas esta situação, esta em tramitação um Projeto de Lei prevê a implantação, inclusive nas estradas já existentes, de medidas que auxiliem a travessa da fauna silvestre, tais como instalação de sinalização e redutores de velocidade, passagens aéreas ou subterrâneas, passarelas, pontes, cercas e refletores, além de ações de educação ambiental com campanhas de conscientização dos motoristas.
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