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Estudo sobre "Nova Ferroeste" que ligará PR a MS vai começar em abril

Portos e Navios - 21 de fevereiro de 2020 945 Visualizações
O Estudo de Viabilidade Técnica, Econômica, Ambiental e Jurídica (EVTEAJ) do projeto da Ferroeste, ligando Paranaguá a Maracaju, no Mato Grosso do Sul deve ter início em abril. A empresa que fará o estudo terá doze meses para a elaboração, que contemplará 1.370 quilômetros, sendo mais de mil de Cascavel até Maracaju. A informação foi repassada pelo secretário de Estado de Produção, Jaime Verruck.
O estudo foi contratado em 2019. Os investimentos somente do Governo do Paraná somam R$ 6 milhões, como parte do contrato de financiamento do Departamento de Estradas de Rodagem (DER) com o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID).
O próximo passo seria a concretização da ligação Paranaguá-Maracaju, com integração do trecho intermodal Foz do Iguaçu-Cascavel. A programação contempla linhas Cascavel-Guarapuava-Litoral, cobrindo uma região estratégica para o País e o continente. A ligação teria 1.000 quilômetros. A ideia é que 50 milhões de toneladas de cargas, entre exportações e importações, sejam transportadas por este ramal.

O Governo do Paraná já deu o primeiro passo para elaboração de um estudo ferroviário que contemplará 1.370 quilômetros. Em setembro, foi publicado no Diário Oficial da União, o aviso de manifestação de interesse de empresas nacionais e internacionais para contratação dos serviços de elaboração dos estudos de Viabilidade Técnica, Econômica, Ambiental e Jurídica dos projetos: Nova Ferrovia - Paranaguá a Maracaju (MS) e do Ramal Ferroviário Cascavel a Foz do Iguaçu.
"Este estudo engloba a viabilidade da ligação de Cascavel até Maracaju. Porque para a gente fazer o estudo o ministério público deu a concessão para a ferroeste do Paraná. Nosso estudo vai fazer Cascavel Dourados e Maracaju", afirmou o titular da Semagro.
Ferro Guarani
Além da Ferroeste, prefeitos da fronteira de MS estão na luta por um projeto audacioso e que e visa a implantação da Ferrovia Bioceânica Ferro-Guarani, uma ferrovia interligando Brasil, Paraguai, Chile e Argentina e os Estados do Mato Grosso do Sul e Paraná. A ligação segundo eles garantiria uma nova rota de escoamento da produção entre os estados e países, barateando custos e alavancando o desenvolvimento do Centro Oeste.
O projeto teria um ponto de entroncamento ferroviário em Tacuru, unindo regiões do Paraguai e Brasil com destino ao Chile, ligando dois oceanos e barateando o custo do transporte e gerando desenvolvimento para os quatro países, em ferrovias brasileiras, argentinas e chilenas, transpassando pelo território Paraguaio, assim denominada Ferrovia de Integração Ferro-Guarani, em homenagem a um dos maiores aquíferos do mundo. O projeto ligaria ainda a Ferroeste, já existente até em Cascavel e daí ao Porto de Paranaguá.
Na semana passada, o senador sul-matogrossense Nelson Trad Filho, líder da bancada do MS no Congresso Nacional, recebeu uma comitiva de lideranças do Mato Grosso do Sul e do Paraná para discutir o projeto da ferrovia Ferro Guarani.
Na comitiva o prefeito de Tacuru, Carlinhos Pelegrini, o vice-prefeito de Ponta Porã, Caio Augusto, representantes da prefeitura de Dourados, da Ferroeste e do Governo do Paraná. Segundo Nelsinho "vamos trabalhar para aprovação de leis e liberação de recursos que permitam a implantação desta ferrovia, que será um marco no desenvolvimento do Brasil e dos países vizinha, criando uma nova rota de comércio entre a América do Sul, Europa e Ásia com tempo infinitamente menor de transporte e o mais importante, diminuindo custos, o que fará nossos produtos se tornarem mais competitivos a nível mundial", disse o senador.

Sem cargas
A ideia da Ferro Guarani foi confirmada pelo secretário de Produção Jaime Verruck. "Realmente o projeto existe. Os prefeitos da fronteiras tiveram ideia de criar uma alternativa beirando a fronteira. Estão pedindo para que Ministério autorize este estudo. Mas por enquanto é apenas uma idei"!, frisou.
Na avaliação do secretário, não haveria volume de cargas para duas ferrovias. "Ou viabiliza uma ou outra, não tem volume, mas a ideia de que prefeitos façam estudo da região de fronteira pensando numa conexão com o Paraguai", finalizou.