Prédio modular de madeira promete pegada de carbono zero
[Imagem: Generate Architecture and Technologies]
Edifício modular de madeira
Ainda não são os arranha-céus de madeira resistentes a terremotos que a tecnologia promete, mas é mais uma demonstração de que a construção civil pode estar achando um caminho mais sustentável para viabilizar os prédios de madeira.
Engenheiros e arquitetos do MIT estão trabalhando com a empresa de engenharia Placetailor em um prédio de madeira laminada para demonstrar que a madeira também pode ser usada em construções modulares, que saem mais baratas e podem ser erguidas mais rapidamente.
O edifício, que será construído na cidade de Boston, será montado no local principalmente a partir de subunidades construídas em uma fábrica, de forma a baixar o custo de construção.
E, segundo seus criadores, o edifício será tão eficiente em termos de energia que suas emissões líquidas de carbono serão essencialmente zero.
Segundo o engenheiro John Klein, líder do projeto, a construção de prédios modulares de madeira está sendo viabilizada por desenvolvimentos tecnológicos recentes, envolvendo a produção de componentes de madeira em larga escala, com a tradicional madeira maciça, e o uso de novas técnicas para a fabricação de materiais de madeira em escala industrial.
Entre esses materiais industriais destaca-se a madeira laminada cruzada, um produto de madeira colada em várias camadas, com as fibras orientadas perpendicularmente entre uma camada e outra.
Edifícios com baixa emissão
Fruto de uma colaboração chamada "Projeto de Demonstração de Casa Passiva", o edifício consistirá em 14 unidades residenciais de vários tamanhos, além de um espaço de trabalho no térreo.
Klein e seus colegas modelaram nove versões diferentes de um edifício de madeira maciça de oito andares, juntamente com uma versão de aço e outra de concreto do mesmo prédio, todas com a mesma escala e especificações gerais. Sua análise mostrou que os materiais para o edifício à base de aço produziriam as maiores emissões de efeito estufa - a versão de concreto produziria 8% menos, enquanto a versão do edifício de madeira maciça produzirá 53% menos.
Como os elementos estruturais de madeira são naturalmente bons isolantes, as necessidades de energia do edifício para aquecimento e resfriamento serão reduzidas em comparação à construção convencional, disse Klein. Esses elementos também produzem muito bom isolamento acústico, além do que o edifício foi projetado para ter painéis solares no telhado, o que ajudará a compensar o uso de energia do edifício.