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Transporte conectado na Finlândia

Felipe Marra Mendonça - Carta Capital - 24 de julho de 2014 1655 Visualizações
 Transporte conectado na Finlândia
A cidade de Helsinque, capital da Finlândia, estuda adotar um plano de transporte urbano que use a tecnologia para aliar os vários meios de transporte disponíveis na região, a fim de reduzir drasticamente a frota de automóveis privados. Segundo o diário finlandês Helsingin Sanomat, a ideia é reunir todos os serviços oferecidos pelas diferentes operadoras regionais num só aplicativo.
Um exemplo do conceito é que uma rota pode aliar um aluguel de bicicleta, um trecho de bonde e, por fim, uma locação de veículo por causa de mudanças meteorológicas, tudo coordenado pelo aplicativo e mediante um só pagamento. A prefeitura da cidade quer começar a testar o plano já no começo de 2015 e fazer experiências até uma possível implantação completa em 2025. O primeiro bairro contemplado seria Vallila, uma região que alia residências e algumas indústrias, e o segundo seria Kalasatama, no centro da capital.
Os primeiros estudos foram feitos a partir de uma tese de mestrado escrita por Sonja Heikkilä, engenheira de transportes da prefeitura de Helsinque. “O carro não é mais um sonho de consumo para os jovens”, disse Heikkilä, acrescentando que os mesmos pedem uma malha de transportes mais simples, mais flexível e mais barata, algo ainda não oferecido pelo sistema atual em Helsinque, onde não existe uma operadora única de todos os transportes públicos.
A engenheira cita o setor de telecomunicações como modelo para uma oferta de serviços diferente do atual. Nele, uma pessoa poderia pagar por transporte pelo quilômetro, enquanto outra poderia comprar um pacote mensal que incluiria um número fixo de quilômetros rodados em carro de aluguel e também um bilhete para a utilização da malha de metrô da cidade.
“Acho que esse sistema poderia funcionar, mesmo que as pessoas mais velhas não queiram deixar de ter seus carros. Esse tipo de mudança é gradual”, explica Heikkilä, acrescentando que os dez anos de testes devem ser suficientes para assegurar uma mudança no comportamento dos habitantes da capital finlandesa.