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Novas tecnologias e modelos de gestão mais eficientes se tornaram aliados fundamentais na diminuição do consumo de água em grandes ou mesmo em pequenos prédios comerciais. Há cada vez mais consciência de administradores de condomínios e proprietários de que o custo financeiro do desperdício e a urgência na preservação de mananciais e de outras fontes hídricas precisam de ações rápidas e prioritárias. Mas ainda é necessário avançar mais.
O especialista em eficiência hídrica, professor de sustentabilidade e CEO da W-Energy, Wagner Carvalho, é categórico ao afirmar que embora o Brasil tenha uma das maiores reservas hídricas do planeta, ainda não se dá à água a importância que ela merece.
É justamente para ajudar a mudar essa atitude que Carvalho trouxe ao Brasil tecnologias de ponta e práticas sustentáveis que são referência em países como Alemanha, Estados Unidos e China. São arejadores e reguladores de vazão, duchas ecológicas e dual flushs (sistema que permite escolher dois tipos de acionamentos de descarga) de última geração, que podem reduzir o consumo de água em até 96% em torneiras, chuveiros e sanitários, sem comprometer a eficiência.
A eficiência hídrica em shoppings, hospitais, edifícios comerciais e industriais é um tópico que terá grande destaque na 12ª edição da Expo InfraFM, a maior feira do setor de Facility, Property e Workplace Management na América Latina.
O evento será no Expo Center Norte, em São Paulo, entre os dias 9 e 11 de junho, reunindo profissionais, especialistas e empresas que estão moldando o futuro da gestão de espaços corporativos, industriais, hospitalares e comerciais. A entrada será gratuita e o credenciamento já pode ser feito online. A organização do evento é do Italian Exhibition Group (IEG), que adquiriu ano passado o direito da sua realização.
O consumo significativo de água em prédios comerciais com grande fluxo de pessoas, como os shopping centers, foi motivo de uma pesquisa técnica levada à frente pela Universidade Federal do Espírito Santo. Trata-se do artigo “Conservação de água em shopping centers: análise das percepções dos atores envolvidos nos projetos e gestão, com o uso do processo de hierarquia analítica”, disponível AQUI.
De acordo com o levantamento feito, “prédios comerciais são potenciais consumidores de água e de 50% a 90% do uso é destinado para descargas sanitárias e torre de arrefecimento. Fontes alternativas devem ser exploradas, para redução do consumo de água potável”.
Tecnologia de sonares de submarinos
Também a ser aplicadas em shoppings ou hospitais, por exemplo, o CEO da W-Energy aponta outras tecnologias trazidas para o país elaboradas para serviços de monitoramento e controle hídrico, incluindo tecnologia IoT (Internet das Coisas) de sonares de submarinos, que detectam e monitoram vazamentos remotamente, e inspeções internas de tubulação para otimizar reparos.
Essa tecnologia diz respeito a um sistema que analisa em tempo real a quantidade de água que um local consome 24 horas por dia. O equipamento funciona submerso, por meio de uma bateria de lítio que dura de três a cinco anos.
Com a projeção de que até 2040 a disponibilidade de água pode cair em mais de 40% em várias bacias hidrográficas do país, a implementação de medidas de economia de água deixou de ser uma opção e se tornou uma necessidade.
Ainda de acordo com Carvalho, parcerias e soluções ESG também representam um caminho eficaz para que grandes consumidores possam evitar impactos financeiros no que se refere às altas tarifas nas contas de água, cuja tendência é aumentar ainda mais.
