Energia solar é a que mais gera empregos entre as energias renováveis – Foto: Maria Godfrida/Pixabay. USP Imagens.
A busca por novas fontes de energia tem um efeito colateral bastante positivo ao gerar novas oportunidades de negócios e vagas de emprego. A transição energética, fenômeno mundial que, entre outros fatores, tem forte relação com a substituição das fontes energéticas com base no petróleo por fontes limpas e/ou renováveis, também desencadeia a migração de profissionais de outras áreas para este setor.
O recente relatório anual sobre empregos na energia renovável da Agência Internacional de Energias Renováveis (Irena), divulgado recentemente, aponta que, em 2021, 12,7 milhões de pessoas trabalharam diretamente com energias renováveis ao redor do mundo, com acréscimo de 700 mil em relação ao ano anterior. O cenário de crescimento vem se repetindo desde 2012, quando 7,3 milhões de pessoas trabalhavam no setor.
Dentre as principais fontes de energia renovável se destacam a hídrica, a eólica, a solar e a bioenergia. No levantamento apresentado pela Irena, todas elas apresentaram crescimento no número de vagas de empregos ao longo dos últimos dez anos; a principal diferença está na taxa desse crescimento.
Enquanto a energia hídrica e a bioenergia cresceram aproximadamente 40% no período, a fonte eólica viu o número de vagas aumentar 82,6% e a solar, a campeã tanto no aumento porcentual quanto em números absolutos, passou de 1,36 milhão de trabalhadores para 4,29 milhões, um crescimento de 315% no período, e é o segmento que mais emprega dentro das energias renováveis.
Já no Brasil, segundo a Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (Absolar), só no ano passado foram geradas 153 mil vagas de emprego no setor fotovoltaico, o que corresponde a mais de 400 novas oportunidades por dia.