Uma casa – de dois quartos, sala, cozinha e banheiro – foi construída dentro do campus da Universidade Estadual de Londrina, no Paraná, em menos de três horas. O método, desenvolvido na Alemanha e chamado woodframe, requer madeira autoclavada de reflorestamento e isolamento térmico com lã de vidro ou garrafas pet.
Desempenho térmico, acústico, controle de umidade e baixo custo de manutenção são algumas das vantagens que a forma de construção inovadora traz. Isso significa que, independente do clima, o desempenho da casa será satisfatório. O valor, entretanto, ainda não é tão competitivo: sem acabamento, a casa fica em torno de R$ 28 mil – 10% a menos do que a construção convencional de alvenaria.
Pode-se dizer que a moradia alternativa é sustentável: além do upcycling de materiais, como o uso de garrafas pets, lãs de vidro e madeira de reflorestamento, a quantidade de resíduo gerado é 90% menor que de uma casa convencional.
Por conta da rapidez na construção, a tecnologia deve ser pensada como uma saída para possíveis desastres naturais, que deixam milhares de famílias sem moradias. O curto período de tempo para a resolução do problema é fundamental nesses casos. Além disso, também servirá como moradias para pessoas de baixa renda, que se encontram em situação de risco.
O projeto faz parte da pesquisa Zero-Energy Mass Custom Homes, desenvolvido pela UEL, junto com a empresa Tecverde. O objetivo é apontar novas tecnologias para construção de moradias com baixo impacto ambiental, sem perder a qualidade.