A ameaça sísmica está presente no sudoeste da Península Ibérica (sul de Portugal e sudoeste de Espanha), ultrapassando fronteiras. Terremotos causam impactos importantes nas crianças. Consequentemente, as escolas desempenham um papel vital no aumento da resiliência sísmica. Isto pode ser encarado de duas formas: (i) diminuindo a vulnerabilidade estrutural através do lançamento de programas de retrofitting e (ii) aumentando a sensibilização e capacidade da população estudantil em lidar com o fenómeno antes, durante e depois do evento. Um projeto denominado Projetos de Escolas Resilientes aos SISmos no Território do Algarve e de Huelva (PERSISTAH) visa o desenvolvimento de ferramentas de diagnóstico, avaliação, gestão e reabilitação de escolas primárias em ambas as regiões. Pretende-se também preparar material de apoio aos professores. Todos estes objectivos são desenvolvidos no cumprimento das Políticas Nacionais de Protecção Civil de Portugal e Espanha. Ambos os países assinaram os Acordos de Hyogo e Sendai para a redução do risco de desastres. O PERSISTAH propõe-se a cumprir as seguintes tarefas: criar um sistema de hierarquização da vulnerabilidade das escolas primárias (escola-pontuação); formar equipes mistas com especialistas de ambos os países para avaliar os prédios escolares; desenvolver recomendações para reabilitação com implementação prática em duas escolas-piloto; e desenvolver material educativo e guia prático de apoio à educação e comunicação de risco à população escolar. A metodologia geral para gerar o escore escolar é apresentada neste artigo.