O governo de São Paulo anunciou recentemente um plano de parcerias público-privadas (PPPs) para aprimorar a mobilidade urbana da cidade. O plano inclui quatro PPPs que estão previstas para serem concluídas até 2026, com um investimento total de mais de R$ 50 bilhões. Os projetos envolvem a expansão do Metrô e da CPTM, a construção de um novo trem para o interior e o Trem Intercidades (TIC).
A primeira PPP do TIC envolve a construção da ligação ferroviária São Paulo-Campinas, com um investimento previsto de R$ 13 bilhões. O governo de São Paulo já lançou o edital para o projeto e pretende licitá-lo em novembro deste ano, com a expectativa de que ele comece a operar em 2029.
A próxima PPP planejada envolve as linhas da CPTM 11-Coral (da Luz até Mogi das Cruzes), 12-Safira (do Brás a Poá) e 13-Jade (em Guarulhos). A ideia é lançar o edital até o final de 2024, com o leilão previsto para o início de 2025. O objetivo é estender a linha 13 até Bonsucesso, dentro de Guarulhos, e estudar a viabilidade de sua extensão até a Mooca.
A terceira PPP, programada para ser lançada em 2025, envolve a linha 10-Turquesa da CPTM e um Veículo Leve sobre Trilhos (VLT) de 33 km que será construído desde o zero – a Linha 14-Ônix, que deverá conectar Guarulhos ao ABC Paulista. Essa linha é considerada um projeto importante porque todas as linhas de transporte existentes são radiais, e a linha 14 será perimetral, melhorando a mobilidade urbana das pessoas.
A quarta PPP, também prevista para 2025, deverá completar o projeto do TIC e incluirá estudos para três possíveis rotas que abrangem os municípios de Sorocaba, São José dos Campos e Santos. Essa proposta é a mais complexa e exigirá uma análise cuidadosa da sua viabilidade. O projeto também inclui as linhas 19-Celeste (do centro da capital a Guarulhos) e 20-Rosa (da Lapa a Santo André) do Metrô.
Esses projetos fazem parte do Plano de Ação de Transporte de Passageiros e Logística de Cargas para a Macrometrópole Paulista (PAM-TL), que prevê investimentos privados de cerca de R$ 70 bilhões, sendo R$ 54,2 bilhões na malha ferroviária em cinco regiões metropolitanas: São Paulo, Campinas, Sorocaba, Baixada Santista e São José dos Campos. Esse investimento é considerado essencial, já que essas regiões concentram cerca de 70% do transporte de cargas do Estado e 32% do PIB nacional.