Suecos criam máquina solar capaz de purificar 600 litros de água/hora
Ciclo Vivo
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31 de março de 2017
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Carregado por energia solar, o kit dispensa o uso da eletricidade vinda da rede, facilitando sua aplicação em regiões com pouca infraestrutura. | Foto: Divulgação
O desejo de encontrar soluções sustentáveis para o problema da falta de água potável – que chega a assolar um bilhão de pessoas neste planeta – é o que move o casal de empreendedores suecos Annika Johansson e GregerNilsson. Juntos, eles criaram o kit de purificação de água Greenwater, que conta com uma combinação de tecnologias: luz ultravioleta (UV) e energia solar.
O sistema de purificação da Greenwater elimina da água as bactérias patogênicas, vírus, amebas e parasitas, inclusive bactérias resistentes ao cloro, de maneira sustentável. O sistema tem capacidade para filtrar 600 litros por hora, o que equivale a um consumo diário, em média, de 80 pessoas.
Carregado por energia solar, o kit dispensa o uso da eletricidade vinda da rede, facilitando sua aplicação em regiões com pouca infraestrutura, sem acesso à energia elétrica. Além disso, o equipamento é portátil, tornando o transporte muito mais simples.
“As soluções da Greenwater podem ser aplicadas em diversos contextos: de situac¸o~escri´ticas, como cata´strofes, em que a infraestrutura de uma regia~o e´ devastada, na~o restando qualquer possibilidade de acesso a` a´guapota´vel, passando por pai´ses ou comunidades carentes de um sistema de a´gua e esgoto, ate´ empresas que estejam em busca de soluc¸o~essustenta´veis e inovadoras para o tratamento, seja para a entrada (input) ou para a sai´da (output), da a´gua”, explica GregerNilsson, responsável pela área de desenvolvimento.
Primeiros testes
Em abril, a equipe da Greenwater fez os primeiros testes de campo em Ruanda, na África, com sucesso. Agora, a empresa finaliza algumas adaptações do Kit para torná-lo ainda mais eficiente para o tipo de água daquela região. O país africano deve receber 25 unidades do equipamento, que serão instaladas em escolas, hospitais, centros comunitários, entre outros.
No Brasil
O Brasil também está no cronograma de testes da companhia. O objetivo é atingir dois grupos: um deles é formado por comunidades carentes, como favelas, e populações que vivem em regiões afastadas dos centros urbanos, muitas vezes sem acesso a saneamento e água potável. O outro grupo é formado pelos setores da construção civil, principalmente nos novos projetos de condomínios e casas autossustentáveis, e pela agricultura de diversos portes.
“Nossa meta é, antes de mais nada, entender as necessidades específicas de cada comunidade, e então oferecer a solução mais adequada, num diálogo sustentável”, explica Telma Gomes, gestora internacional do projeto. “Trabalhamos alinhados à meta número seis dos 17 objetivos de desenvolvimento sustentável, compilados pela ONU, que é assegurar a disponibilidade e gestão sustentável da água e saneamento para todos até 2030.”