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BDE Explica: Concreto Compactado a Rolo ou Rollcrete

blogdaengenharia - 29 de junho de 2017 4033 Visualizações
BDE Explica: Concreto Compactado a Rolo ou Rollcrete
No final do século XIX – por volta da década de 1890 – nos Estados Unidos, começou a ser utilizada uma nova tecnologia em concreto, especial para bases de pavimentações. Tratava-se de uma fina camada, feita com massa de baixo consumo de cimento, compactada manualmente por pressão. Com o tempo, esse método foi denominado de concreto rolado, concreto enrolado, rollcrete ou CCR – concreto compactado a rolo.
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 (imagem extraída de Mapa da Obra)
Composição do CCR
A composição do concreto compactado a rolo é basicamente simples. Sua mistura é semelhante à do concreto convencional – com cimento, areia, água, agregados e aditivos, se necessário. Devem-se utilizar britas do tipo um, dois ou três; ou, então, seixos rolados. Esses grãos não podem apresentar um diâmetro maior, ou muito menor, do que trinta e oito milímetros. Já os líquidos precisam ser dosados com mais cuidado, para que a massa não fique nem mole demais, que possa colar nos equipamentos compressores; e nem dura demais, que impeça a boa aplicação do produto sobre o solo.
A aparência final do CCR também é semelhante à do concreto convencional, embora o acabamento pareça inferior ao dos pisos industriais, por exemplo. Sua consistência é mais seca, como uma farofa; por isso a baixa trabalhabilidade. Em contrapartida, isso permite uma compactação e adensamento mais fácil através de rolos compressores ou vibrocabadoras.
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 (imagem extraída de Royal Maquinas) (imagem extraída de Pixabay)
Empregabilidade do material
O CCR é ideal para obras de grande porte, que dispensam elevados índices de resistência à tração e flexão. Ele pode ser utilizado em pavimentações, tanto como base quanto como sub-base. São exemplos disso as vias urbanas, as alto-estradas, as pistas de aeroportos e estacionamentos comuns. Em canteiro de obras, o concreto compactado a rolo é visto aplicado em contrapisos ou na contenção de estruturas de barragens do tipo gravidade e comportas.
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 (imagem extraída de Pixabay)
Vantagens e desvantagens
As principais vantagens da utilização do CCR é, principalmente, o baixo custo do material e o menor tempo de execução de obra. Além disso, ele apresenta muita durabilidade, com poucos riscos de surgirem fissuras; e uma alta resistência às compressões e às erosões, o que varia de acordo com as especificações do projeto.
Infelizmente, também existem desvantagens no rollcrete. Grandes volumes de massa necessitam de um controle rigoroso, principalmente em relação ao calor gerado pela hidratação. Mas, o CCR é de difícil dosagem, quase impossível de ser avaliado em laboratório. Camadas mal feitas podem manifestar graves patologias. E a possibilidade de reparos futuros irá depender de como e onde foi aplicado o material. Se o problema surgir apenas na superfície, pode-se utilizar uma vedação flexível ou refazer o trecho danificado.
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 (imagem extraída de Blog 360 en Concreto)
Aplicação do concreto a rolo
A aplicação do CCR é, de certo modo, bastante prática. Porém, exige equipamentos de boa qualidade e mão-de-obra altamente treinada. O transporte do material deve ser realizado somente caminhões caçamba ou betoneira. Já seu lançamento, sobre o solo preparado, é feito através de trator esteira, motoniveladora, pá carregadeira ou com espalhadores de concreto manual. O consumo variará entre 80 a 120 kg/m³.
Quanto à cura, o fato do concreto compactado a rolo ser aplicado em camadas finas faz com que o mesmo tenha uma secagem rápida. Existem técnicas que podem ajudar ainda mais nesse processo, como aspersão de água, sacos de estopa, aniagens umedecidas e químicas. No caso do CCR receber uma placa adicional de concreto convencional, indica-se uma execução de uma pintura com emulsão betuminosa. De todo modo, essa fase é bem rápida. Em menos tempo do que se espera o tráfego, de pessoas ou veículos, já pode ser liberado.
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 (imagem extraída de Governo do Estado do Paraná)
Para mais orientações quanto a Concreto Compactado a Rolo, recomendamos uma consulta às normas NBR 16312-2 e NBR 16312-3 e DNIT 056/2013.