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Não tecidos e tecidos técnicos trazem inovação e eficiência em obras de infraestrutura

Portal Brasil Engenharia - 04 de agosto de 2017 1358 Visualizações
A Construção Civil e a Geotecnia são importantes mercados em que os não tecidos e tecidos técnicos estão inseridos. Em forma de geomantas, geogrelhas, georedes, geomembranas, geotubos, entre outros, são usados para proteção, filtração, drenagem, reforço, separação e barreira de impermeabilização de solo.
Nas obras viárias e geotécnicas, esses produtos são aplicados em sistemas drenantes subterrâneos, muros e taludes, para o controle de erosão, para aterros sobre cavidades, estacas ou solos moles, adensamento de solos, base e restauração de pavimentos, separação e reforço construtivo, túneis etc.
Os não tecidos e tecidos técnicos também são usados em obras de proteção ambiental, tais como aterros de resíduos sólidos, lagoas de efluentes industriais, lagoas de estabilização, sistemas de tratamento de dejetos, rejeitos de mineração, entre outras.
Obras hidráulicas e costeiras contam com não tecidos e tecidos técnicos (barragens, canais, reservatórios, contenção de aterros mecânicos e hidráulicos, obras em praias e portos). Obras para segmentos industriais, dos segmentos de lazer e esportivos, de drenagem agrícola, que entre tantas outras também usam estes Geossintéticos.
Segundo Fabricio Zambotto, coordenador do CTG – Comitê Técnico de Geossintéticos da ABINT (Associação Brasileira das Indústrias de Não tecidos e Tecidos Técnicos), a família dos Geossintéticos (soluções sintéticas usadas na geotecnia) tem um papel importante em obras de engenharia, trazendo desempenho, rapidez, segurança de produtos produzidos e controlados através de muita tecnologia industrial, além de serem soluções que possibilitam a redução na utilização de recursos naturais, função fundamental na engenharia moderna.
Zambotto explica que há muita oportunidade de crescimento para esse setor, que investe continuamente em pesquisa e desenvolvimento, para atender às demandas do mercado de forma eficaz e competitiva. “Com vistas a esse crescimento, o CTG atua constantemente na formação e atualização de profissionais que buscam inovar nas soluções para a engenharia, para que ele conheça as inovações do setor e as aplique de forma a obter o melhor resultado”, afirma o executivo.
O comitê é formado por empresas fabricantes e distribuidoras de geossintéticos em todo o Brasil e foi criado com o objetivo de divulgar as aplicações desses produtos em obras de engenharia, bem como os conceitos de qualidade a serem observados pelos fabricantes e usuários, o que contribui para o desenvolvimento desse mercado de forma ética e responsável.
Normatização - Em maio de 2013, foi publicada a Norma ABNT ISO 10320, sobre os geotêxteis e produtos correlatos e sua identificação na obra. Essa norma exige parâmetros mínimos de identificação para que um geossintético possa ser comercializado no mercado. “Um dos trabalhos do CTG é difundir a aplicação dessa norma para que projetistas, compradores, engenheiros e a fiscalização possam controlar o material que é usado, além de sua instalação adequada, garantindo assim a eficácia do projeto, além das empresas participarem ativamente na construção de novas normas de regulamentação”, conta Zambotto.
Cartilha “Recomendações sobre o Uso de Geotêxteis em Obras” - no intuito garantir a plena qualidade dos produtos aplicados, essas recomendações visam auxiliar o mercado a bem especificar, comprar, receber e fiscalizar a aplicação dos geotêxteis nas obras, de forma correta, com base nas normas existentes e na experiência de uso e sucesso de mais de 40 anos no Brasil. Além disso, nesta engenharia de infraestrutura, o Comitê é pioneiro na participação de um programa de controle à “não conformidade”, programa este já aplicado em larga escala na construção predial. O programa contempla fiscalizar e acompanhar a qualidade dos produtos utilizados nas obras, por meio de convênio estabelecido entre o investidor e uma consultoria especializada (a Tesis).
Sobre o setor de Não tecidos e Tecidos Técnicos - O segmento de Não tecidos, que nos últimos cinco anos investiu mais de US$ 70 milhões em atualização tecnológica em equipamentos de última geração e que hoje emprega no Brasil diretamente mais de 16.500 pessoas, apresenta um consumo aparente de 283.930 toneladas/ano, exportações de 31.990 toneladas/ano e importações de 40.272 toneladas/ano.
Já o setor de Tecidos Técnicos investiu, nos últimos dois anos, mais de US$ 47 milhões em atualização tecnológica e equipamentos e gera cerca de 22.000 empregos diretos. Apresenta consumo aparente de 302.010 toneladas, exportações de 6.235 toneladas e importações de 44.973 toneladas.
Segundo o presidente da ABINT, Carlos Eduardo Benatto, o fortalecimento dessa cadeia produtiva é objetivo da entidade. “Buscamos evidenciar a relevância desses produtos no desenvolvimento de importantes setores da economia, como a construção e a infraestrutura, por exemplo, afirma o executivo.