O surgimento de grandes edifícios demonstra o nível de ambição dos investidores para uma determinada região. Nova York, por exemplo, vem passando por um novo boom imobiliário, talvez por reflexo da recente tendência mundial dos supertalls – edifícios com mais de trezentos metros de altura. Torres bastante altas e finas, ocupando pequenos lotes, parece ser o futuro da propriedade privada em Manhattan.

“Os desenvolvedores estão tentando superar sua concorrência na corrida para compradores de alto valor” – Robin Schneiderman, da Halstead Property Development Marketing.

Um horizonte elevado tem se expandido na cidade. Além de edifícios comerciais, os residenciais de luxo são empreendimentos cada vez mais comuns. Isso tem gerado uma séria preocupação nos moradores locais. Eles temem pelas sombras que esses arranha-céus possam causar ao seu redor. Também pedem que o município reavalie os códigos de zoneamento, para garantir mais supervisão e envolvimento público com relação ao desenvolvimento arquitetônico e urbano da ilha.

A Torre Nordstrom, também conhecida como Central Park Tower, é um edifício residencial que está sendo desenvolvido pela empresa Extell Development. Sua construção encontra-se no endereço West 57th Street, Manhattan, Nova York. O projeto foi idealizado pelo escritório Adrian Smith + Gordon Gill Architecture, que também participou do planejamento do Burj Khalifa, um dos mais altos arranha-céus do mundo, localizado em Dubai, nos Emirados Árabes Unidos.

Previsto para ser concluído em 2018, o prédio Nordstrom será só mais um exemplar contemporâneo emblemático entre muitas outras estruturas gigantescas previstas para serem erguidas na Midtown. Ele terá 95 andares, ou 462 metros de altura, sem contar com a antena no topo. Com isso, essa será a próxima torre residencial mais alta do mundo, ultrapassando a World One Tower, em Mumbai, na Índia.

No páreo da corrida para ser um dos prédios mais alto do mundo, o novo arranha-céu de Nova York deve ultrapassar a Willis Tower, de Chicago, que era antes o “telhado mais alto” dos Estados Unidos. Também passará os seus vizinhos, o Freedom Tower, que se encontra no local onde ruíram as Torres Gêmeas, no Onze de Setembro – que, por acaso, era o edifício mais alto da região até 2012; e o 432 Park Avenue, outro importante arranha-céu da cidade. Então, por ora, pode-se dizer que a Nordstrom será a maior estrutura residencial do mundo.

Através das informações reproduzidas na internet, principalmente com as imagens eletrônicas renderizadas, já é possível compreender alguns detalhes do projeto. O grande edifício será escalonado, como um bolo de casamento. Seus planos deslocarão de acordo com a adaptação da planta modelo e suas proporções diminuirão à medida que a torre subir. Serão, aproximadamente, 112 mil metros quadrados de área, incluindo uma grande loja de departamento na base e 182 unidades de condomínio, nos andares superiores.

 

Como na maioria dos arranha-céus, a fachada da Central Park Tower será uma grande cortina envidraçada, refletindo luz solar para todos os lados.  Estão previstas aletas de aço inoxidável e persianas de alumínio, para ajudar a dissipar o calor. Em algumas imagens da maquete é possível perceber que o edifício também terá algumas divisões de andares marcadas por grelhas metálicas. Mais do que estética, esse detalhe deve ser, provavelmente, parte do estudo de conforto ambiental e aerodinâmica do edifício.

A Nordstrom recebeu esse nome, justamente, porque irá abrigar, em sua base, parte de uma gigantesca loja de departamento, a primeira unidade de varejo dessa empresa em Nova York. Ela se dividirá também entre construções antigas ao redor da nova torre. Só na Central Park, serão cerca de 33 mil metros quadrados, distribuídos em 8 andares, três abaixo e cinco acima do nível do solo. O maior destaque visual será o design da fachada projetada por James Carpenter Design Associates. Seu revestimento exterior será em vidro, formando ondas, destacado pelos elementos estruturais em alumínio e aço.

“Os painéis curvos no exterior quase imitam as colunas que você encontraria no exterior de edifícios antigos, mas de uma maneira nova e inovadora. O vidro ajudará a suavizar a fachada e a levantar a luz do dia durante o dia, enquanto parece suave e transparente durante a noite”. – James Carpenter, fundador e diretor da JCDA.