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São Paulo inicia a operação dos primeiros geradores de energia eólica do Estado

Instituto de Engenharia - 23 de agosto de 2017 1416 Visualizações
São Paulo inicia a operação dos primeiros geradores de energia eólica do Estado
Em comemoração à semana do meio ambiente, o Governo de São Paulo iniciou nesta sexta-feira, 9 de junho, a fase de testes dos dois primeiros geradores de energia eólica do Estado instalados na área da usina Engenheiro Sérgio Motta, também conhecida como Porto Primavera, localizada no município de Rosana, na região de Presidente Prudente.
Cada aerogerador tem capacidade para gerar 100 quilowatts (kW). As torres, que possuem 30 metros de altura e pás de 10 metros de comprimento, fazem parte de um projeto que vem sendo desenvolvido pela Cesp – Companhia Energética de São Paulo, com o apoio da Secretaria Estadual de Energia e Mineração.
“São Paulo conta com uma das matrizes energéticas mais limpas do mundo e a entrada em operação dessas torres eólicas darão ao Governo Paulista novos estudos e informações sobre o comportamento dessa energia no Estado, o que possibilitará incentivarmos sua expansão de maneira mais efetiva”, disse o secretário de Energia e Mineração, João Carlos Meirelles.
Os geradores eólicos fazem parte de um amplo projeto de pesquisa e desenvolvimento dentro do programa de pesquisa e desenvolvimento da Aneel – Agência Nacional de Energia Elétrica, e visam estudar a complementaridade energética das fontes solar, eólica e hidráulica.
A fase de testes elétricos e mecânicos devem durar aproximadamente 20 dias. Os geradores eólicos produzirão cerca de 620 megawatts-hora (MWh) por ano, essa energia elétrica será utilizada no consumo interno da Usina Porto Primavera.
“A implantação de centrais fotovoltaicas e eólicas junto a usinas hidrelétricas existentes apresenta vantagens devido ao espaço físico e infraestrutura de transmissão no local, o que pode propiciar uma redução significativa no custo da energia gerada”, explica o subsecretário de Energias Renováveis, Antonio Celso de Abreu Junior. Nesse conjunto o reservatório da usina hidrelétrica é utilizado para estabilizar a produção das centrais solar e eólica.
Ao todo, o projeto de uso complementar das energias solar e eólica à energia hidrelétrica, possui 54 meses de duração e sua conclusão está prevista para agosto de 2018 com um custo estimado de R$ 31 milhões, contabilizando o projeto de pesquisa, compra dos equipamentos, instalação e manutenção. Apenas o projeto eólico representa R$ 8,3 milhões do valor total.
Além das usinas solares e eólicas estão em funcionamento uma estação solarimétrica e uma estação anemométrica que completam o projeto de P&D.
A Cesp conta com a parceria da USP/Fusp, Unesp/Fepisa, MRTS Consultoria e MFAP Consultoria Elétrica e Comércio Ltda, além dos fornecedores e montadores RTB Energias Renováveis, BASE Energia Sustentável e PVSOLAR Energia e Meio Ambiente.
Usinas solares
Dentro do projeto de pesquisa e desenvolvimento foi iniciada na área da usina de Porto Primavera, no final de 2016, a operação da primeira usina fotovoltaica do Brasil a utilizar a tecnologia de placas flexíveis e rígidas em sistema flutuante.
O projeto, iniciado em maio de 2014, recebeu investimento de R$ 23 milhões da Cesp e consiste na instalação de duas plantas com painéis solares rígidos de 250 quilowatts (kW) em terra e 25 kW em sistema flutuante, e outras duas plantas com painéis solares flexíveis com 250 kW em terra e 25 kW em sistemas flutuantes.
Atlas Eólico do Estado de São Paulo
O Estado de São Paulo tem um potencial de aproximadamente 13 mil GWh, tendo um fator de capacidade médio de 31,3%.
Os valores foram calculados a uma altura de 100 metros, considerando restrições pertinentes e velocidades de vento acima de 6,5 metros por segundo, ocupando uma área de 1.134 Km². Se forem consideradas todas as áreas com velocidades acima de 6 metros por segundo, esse potencial de geração subiria para cerca de 72 mil GWh, com fator de capacidade médio de 26,6%.