Formado por quatro parques eólicos e um conjunto de 36 aerogeradores fabricados pelo Grupo Nordex, o complexo localizado no Rio Grande do Norte tem uma potência que pode atender a demanda de 270 mil famílias. A história do empreendimento começou em 2011, quando foi realizado o quarto leilão de energia de reserva pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel). Na época, o consórcio formado pela francesa Voltalia e pela Copel, do Paraná, ganhou esse lote.

Tecnologicamente, o Complexo Eólico São Miguel do Gostoso adota dois tipos de aerogeradores – os modelos AW-125 e AW-116 – cuja capacidade de geração individual é de 3 MW. Segundo o Grupo Nordex (Nordex e Acciona Windpower), fabricante dos equipamentos, ambos os modelos são ideais para complexos eólicos de tamanho médio, com menor intensidade e turbulência. Os aerogeradores adotados possuem índice de disponibilidade superior a 97% e estão presentes em 50% dos parques de melhor desempenho do Brasil, complementa a fabricante.

Além do fornecimento e montagem, o Grupo Nordex será responsável pela operação e manutenção dos equipamentos. “Nossa relação com os clientes é de longo prazo”, informa o responsável de compras do Grupo Nordex, Julio Cesar Pinheiro Goes. De acordo com ele, o fato de realizar as etapas de comissionamento, pré-operação, operação local e remota, explica o tipo de relacionamento. Entre as características de atendimento, Goes destaca o monitoramento à distância 24 horas, a partir do Centro de Operações em Mossoró (RN).

No Brasil, o grupo opera em mais de 10 empreendimentos, totalizando uma potência instalada de 1 GW e previsão de 1,2 GW até o final de 2018. São 330 turbinas AW3000 fabricadas, com 3 MW cada. Desde o ano passado, o Grupo Nordex formalizou sua criação, a partir da união entre a Nordex e a Acciona Windpower, tendo alcançado uma receita de 3,4 bilhões de euros em 2016.