Atualmente a maior parte de sua eletricidade é produzida por geradores, que funcionam a base de petróleo e derivados. Entretanto, Cabo Verde já começou a diversificar seu portfólio de energia. Hoje, um quarto da energia total é fornecida por fontes renováveis. Esta é uma boa notícia porque há estimativas de que até 2020 o país duplicará o seu consumo anual de eletricidade, indo para 670 GWh.

Com tecnologias de ponta e práticas empresariais inovadoras, Cabo Verde pode atingir seu objetivo de 100% de energia renovável de forma econômica e sem precisar se endividar para isso. Uma equipe de pesquisadores sugeriu o desenvolvimento de um sistema diversificado para se chegar ao objetivo, com as energias solares e eólicas como carro-chefe, já que nos país existe país uma grande incidência de ventos e o potencial solar é bem eficiente.

Uma outra tecnologia que pode ser utilizada é o sistema de dessalinização. A água do mar dessalinizada poderia ser bombeada para um reservatório de alta elevação e usada para gerar energia hidrelétrica. Vale a pena ressaltar que vários países africanos já utilizam amplamente deste meio para gerar água potável para consumo.

Além disso, como um arquipélago vulcânico, Cabo Verde tem potencial para a energia geotérmica – que usa o calor da Terra. A geração de eletricidade de conversão de energia geotérmica e térmica do oceano tem a vantagem de correr o tempo todo. Isso fornece energia de carga básica, atendendo ao nível mínimo de demanda de energia durante todo o dia.

 

Cabo Verde é composto por 10 pequenas ilhas, das quais apenas nove são habitadas, e fica a cerca de 600 quilômetros de Senegal. Quase todos os 550.000 habitantes das ilhas têm acesso à eletricidade, mas cerca de um terço ainda contam com lenha e carvão para cozinhar.