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Quatro desafios para a transparência do setor de óleo e gás

InfraRoi - 07 de dezembro de 2017 1271 Visualizações
Quatro desafios para a transparência do setor de óleo e gás
O mercado de óleo e gás, ao lado do setor de construção civil, foi um dos mais atingidos pela necessidade de transparência após o vendaval da Lava Jato. Agora, a indústria discute como ser mais transparente. Esse foi, resumidamente, o foco do Oil, Gas & Compliance Forum, realizado pelo Instituto Brasileiro do Petróleo (IBP) na quarta-feira passada. Para Milton Costa Filho, secretário geral da instituição, existe a necessidade do tema ser incorporado “à cultura diária da indústria”. Ele avalia que o assunto será um dos pilares de 2018, ainda mais por ser um ano de eleição presidencial.
Caio Magri, presidente do Instituto Ethos, deu um roteiro de quatro desafios que deve, na opinião dele, pautar o setor na área de compliance. O quarteto inclui a regulamentação do lobby no Brasil. “É preciso criar regras de comportamento e processos para a defesa dos interesses próprios e setoriais”, avalia. O segundo é a maior transparência dos beneficiários finais das empresas. “Seja para reconhecer o esforço e a participação ou para responsabilizar individualmente pelos lucros obtidos de forma ilícita”, analisa.
O terceiro pilar, segundo Magri, é estabelecer relações público-privadas ancoradas em integridade e transparência. “O papel do estado é fundamental e a Petrobras é estratégica, então esse desafio é fundamental”, argumentou. Por fim, o especialista, destaca a necessidade de compras públicas mais transparentes. “São necessários mecanismos que evitem a formação de cartéis e lobbies ilícitos nas compras públicas”, pontificou.
Para Carlo Pereira, secretário-executivo da Rede Brasil do Pacto Global da ONU, essa é a primeira vez que tanto a sociedade quanto os setores público e privado têm um objetivo comum, que é a Agenda 2030 dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS). “A solução passa pela fórmula transparência + consequência. Ou seja, ao mesmo tempo em que é importante ter mais gente olhando e monitorando os processos de integridade, também é essencial que haja uma prestação de contas por parte daqueles que forem responsáveis por erros”, complementou.
Adriano Bastos, presidente da BP Brasil, fechou o círculo de opiniões. “Compliance é tudo aquilo que a gente faz todo dia, começa com segurança e passa por responsabilidade social – não está ligado apenas a finanças. O papel das empresas é gerar lucro, mas dentro da lei”, afirmou.