Engenharia empreendedora é tendência que deve afetar modelo tradicional de ensino da área
G1
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15 de fevereiro de 2018
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O pensamento lógico e a capacidade de resolver problemas têm levado muitos engenheiros a trilhar o caminho do empreendedorismo.
Em parte, é reflexo do cenário de crise política e econômica no país que prejudicou fortemente diversos campos da engenharia. Mas, também, é fruto de um novo mundo, de uma revolução que vem transformando o modo como as coisas acontecem, como as pessoas pensam, agem e consomem, a partir de uma nova cultura de inovação e colaboração.
A partir de Sistemas Cyber-Físicos, Internet das Coisas, Inteligência Artificial, nanotecnologia, biotecnologia e impressões 3D, os processos de produção tendem a se tornar cada vez mais eficientes, autônomos e customizáveis.
Essa revolução, ligada especialmente ao campo das engenharias e tecnologia da informação, abre espaço e oportunidades para um novo perfil de engenheiro, que vai além da estrutura técnica e da matemática, mas que conta com habilidades e competências mais sofisticadas, adequadas ao novo perfil de trabalho do século 21, que compreendem empreendedorismo; solução de problemas e tomada de decisão; pensamento crítico e criativo; colaboração, comunicação, tecnologia da informação e produtividade; liderança, responsabilidade e trabalho em equipe; flexibilidade e adaptabilidade.
Revolução abre espaço e oportunidades para um novo perfil de engenheiro
Com todos esses desafios, os tradicionais cursos de engenharia, infelizmente, têm preparado engenheiros para um tipo de mercado que deixará de existir em pouco espaço de tempo. Muitas instituições de ensino, afogadas em burocracia e forte corporativismo, têm tido dificuldades para renovar suas ideias, suas disciplinas e, até mesmo, oxigenar o método de seus professores. Quando muito, essas mudanças chegam apenas a suas campanhas publicitárias, mas sua rotina se mantém quase inalterada.
Por outro lado, na esteira das revoluções, surgiram empreendimentos educacionais inovadores que se destacam por terem nascido já com essa nova filosofia. Esse é o caso da Faculdade Ipanema em Sorocaba. Uma instituição de ensino que surgiu com o propósito de inovar o modelo tradicional de ensino, através de modernas técnicas de ensino-aprendizagem que estimulam a participação ativa, colaborativa e empreendedora de seus alunos.
A instituição lançou nos últimos anos três graduações de engenharia – civil, produção e mecânica – que têm entre suas disciplinas, em todos os semestres, o desenvolvimento de projetos integrados, com temas como a criação e o desenvolvimento de novos negócios, empresas sociais, inovação e economia criativa.
Faculdade Ipanema forma engenheiros antenados com as tendências do mercado
O modelo pedagógico é baseado em um método chamado de “PBL - Project Based Learning” (Aprendizagem Baseada em Projetos). O PBL é uma estratégia de ensino aprendizagem que transforma a postura do aluno, de um sujeito passivo, para um agende ativo, cooperativo, que se utiliza de conhecimentos integrados e interdisciplinares para resolver problemas reais, complexos, através de projetos.