Veja os focos de incêndio na Amazônia
Comparação dos incêndios na Amazônia entre os anos de 2018 e 2019.
[Imagem: ESA]
Dia da Queimada
A ESA (Agência Espacial Europeia) divulgou dados coletados pela constelação de satélites Sentinel-3, revelando os focos de incêndio que assolam a Amazônia.
Os dados revelam que há quase quatro vezes mais incêndios neste ano, em comparação com o mesmo período do ano passado, embora neste século outros anos já tenham apresentado números maiores. Além do Brasil, que detém 60% da Floresta Amazônica, partes do Perú, Bolívia, Paraguai e Argentina foram também afetadas.
O Atlas dos Incêndios Mundiais do Sentinel-3 detectou quase 4.000 incêndios entre 1 e 24 de agosto de 2019, enquanto no ano passado houve uma média de 1.110 incêndios.
Plumas de fumaça espalharam-se pela região e ventos fortes levaram a fuligem até São Paulo - a mais de 2.500 km de distância - causando uma nuvem de escuridão sobre a cidade. De fato, a fumaça atingiu a costa Atlântica, vencendo a Serra do Mar.
Esta imagem mostra os incêndios florestais na fronteira entre Bolívia, Paraguai e Brasil.
[Imagem: ESA]
Toneladas de fumaça
O sistema europeu calcula que os incêndios liberaram 228 megatoneladas de dióxido de carbono na atmosfera, bem como grandes quantidades de monóxido de carbono.
Segundo a ESA, o Serviço de Cartografia de Emergência da constelação Copernicus foi ativado para ajudar a responder ao incêndio. O serviço utiliza observações por satélite para auxiliar as autoridades de proteção civil e, em casos de desastre, a comunidade humanitária internacional a ajudar a responder a emergências.
A gravidade dos incêndios atingiu os mais altos níveis políticos. Considerada uma crise internacional, as nações do G7, que se encontraram em França, ofereceram um financiamento emergencial de 20 milhões de euros para ajudar o Brasil e os seus países vizinhos a apagar os incêndios, segundo o presidente francês Emmanuel Macron.