A energia nuclear é “insubstituível” e a cooperação internacional em tecnologia “indispensável” na redução das emissões globais de CO2. Esse discurso é de Jun Gu, Presidente da China National Nuclear Corporation (CNNC), feito para os delegados na Conferência Internacional da Agência Internacional de Energia Atômica sobre Mudanças Climáticas e o papel da energia nuclear, que está se realizado na sede da Agência Internacional de Energia Atômica, que termina hoje (11),  em Viena. A mudança climática pode de fato ser uma “oportunidade de criar uma nova era para a energia nuclear”, disse ele, e a CNNC está “disposta a trabalhar com todos os países” para promover uma transição de energia limpa e mitigar a mudança climática.

Das 449 unidades de reatores em operação em 30 países hoje, 47 estão na China, observou ele. Com quase 50 GWe, eles colocam o país na terceira posição em termos de capacidade instalada de geração nuclear. A China também possui 11 unidades em construção, com capacidade instalada de cerca de 12 GWe, classificando o país em primeiro lugar no mundo nesse sentido, afirmou. Em 2018, a energia nuclear gerou 287 TWh de eletricidade na China, representando 4,2% da geração nacional de energia, e Gu está “totalmente confiante” de que a China acrescentará mais 6-8 unidades a cada ano nos próximos 10 anos:

“Com o progresso tecnológico, o mundo está entrando em uma era de energia limpa, com menos dependência de combustíveis fósseis. As vnnmnbbvbparticipações de gás natural, energia nuclear, energia solar, energia eólica e hidrelétrica na produção e consumo de energia estão aumentando acentuadamente. Em alguns países, a energia limpa ocupa cerca de 60% do mix de energia. No entanto, acreditamos que a hidrelétrica é altamente restritas por recursos regionais, e as energias eólica e solar também têm restrições naturais.Eles dificilmente podem ser os principais produtores de energia sem uma inovação na tecnologia de armazenamento de energia.Além disso, a energia nuclear tem sido demonstrada como uma opção importante na substituição de usinas a carvão em em larga escala. A energia nuclear é uma importante opção de carga básica para evitar a flutuação de preços e o risco da rede de energia renovável”.

 

 

 A China está comprometida em reduzir suas emissões de CO2 por unidade de PIB em 60-65% em relação ao nível de 2005 ttrreeaté 2030. E  planeja aumentar a participação de energia de combustíveis não fósseis em seu mix de energia primária para 15% até 2020 e para 20% até 2030. Desde que o presidente chinês Xi Jinping lançou a nova política energética do país em 2014, “tremendas mudanças” foram feitas: “Os últimos três anos testemunharam o crescimento mais rápido de energia renovável na China, que agora ocupa o primeiro lugar na capacidade instalada de energia hidrelétrica, eólica e solar, bem como na construção de energia nuclear”.

 A CNNC está trabalhando em novas tecnologias nucleares, incluindo pequenos reatores modulares, transmutação e tratamento de resíduos nucleares, combustível tolerante a acidentes, reatores de alta temperatura, reatores de melhoramento rápido, tecnologia de fusão nuclear e descarte de combustível usado. Em julho, a CNNC anunciou o lançamento de um projeto para construir um pequeno reator modular ACP100 em Changjiang, na província de Hainan. A construção da unidade de demonstração – também chamada de projeto Linglong One – está programada para começar no final deste ano.