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Ao longo dos últimos 12 meses, a comunidade arquitetônica criou respostas muito diversas à eminente emergência climática. Desde propostas inovadoras que abordam o desenho de cidades saudáveis e sustentáveis, até ações políticas coletivas, o ano de 2019 testemunhou uma mobilização contínua de ideias, opiniões e ações sobre como a arquitetura pode ser usada como uma ferramenta para ajudar o planeta.

Como fizemos em 2018, analisamos e compilamos os relatórios sobre a crise climática dos últimos 12 meses, a fim de fornecer uma visão geral de como a comunidade arquitetônica está respondendo a esse novo desafio global. Com um novo ano - e uma nova década - as ideias e desenvolvimentos para enfrentar as mudanças climáticas certamente aumentarão. Por exemplo, aqui no ArchDaily, continuamos nossa série de temas mensais, dedicando o mês de janeiro à "Crise Climática", oferecendo aos leitores mais ideias e reflexões que lhes permitam usar suas habilidades para a ação.

Em janeiro, desenvolvemos uma investigação baseada em um relatório da BBC sobre danos ambientais gerados pela produção de cimento e concreto. O artigo também propõe ideias para que a indústria da construção reduza sua dependência desse material.

Também em janeiro, publicamos um artigo que analisava como fatores como o lote urbano, o planejamento de ruas e o design poderiam influenciar as condições ambientais das cidades. O artigo também refletiu sobre como uma modificação no uso de materiais poderia ajudar a combater as mudanças climáticas.

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James Woodall, diretor do setor de sustentabilidade da Allies e Morrison, apresentou uma reflexão que define quatro pontos de ação principais por meio dos quais arquitetos e designers podem abordar questões de mudança climática em suas práticas diárias.

Em março, a cidade de Nova York anunciou planos para um projeto de proteção costeira de US $ 10 bilhões para salvar o Lower Manhattan das inundações. O prefeito da cidade, Bill de Blasio, descreveu o plano como "um dos mais complexos desafios ambientais e de engenharia que [Nova York] assumiu e que literalmente alterará a forma da ilha de Manhattan".

Um mês depois, a cidade também anunciou planos de proibir a construção de novos arranha-céus de vidro, devido à ineficiência que demonstraram na retenção de calor. O plano faz parte dos esforços para reduzir as emissões de efeito estufa da cidade em 30%

Em maio, alguns dos principais arquitetos localizados no Reino Unido uniram forças para solicitar ações de profissionais em dois problemas globais: mudança climática e perda de biodiversidade. O grupo "Architects Declare" inclui estúdios de renome, como Foster + Partners, David Chipperfield Architects e Zaha Hadid Architects.

O escritório indiano Morphogenesis leva os leitores a um passeio por seus projetos ambientalmente conscientes, ultrapassando as fronteiras do design sustentável, projetando habitats que mesclam o vernáculo e o global.

FABRICations, um estúdio holandês de arquitetura e pesquisa, apresenta aos leitores seis etapas precisas para projetar as cidades do futuro. Entre elas estão questões associadas à mobilidade sustentável, armazenamento de águas pluviais e agricultura urbana.

Em junho, Mario Carpo publicou um artigo no qual refletia sobre como, no século XXI, as pessoas modificaram sua atitude frente as viagens, sendo cada vez mais conscientes do dano que o setor das companhias aéreas pode causar no meio ambiente.

A pesquisa "Understanding Climate Change Starting with an Analysis of Similar Cities" (Entendendo a mudança climática a partir de uma análise global de cidades análogas), publicada na revista científica PLOS ONE por The Crowther Lab de ETH Zúrich, evidencia um panorama sombrio para o futuro dos centros urbanos de todo o mundo.

Em julho, difundimos como o Conselho da Cidade de Utrecht, em colaboração com a agência de publicidade Clear Channel, conseguiu transformar 316 pontos de ônibus - distribuídos ao longo de toda a cidade - em "pontos para as abelhas". A adaptação consistiu na instalação de tetos verdes nos pontos de ônibus, criando assim espaços favoráveis para as espécies de abelhas em perigo de extinção.

Em setembro, argumentamos que as habilidades criativas dos arquitetos, artistas e designers podem ser canalizadas em uma ação progressiva e coletiva sobre as mudanças climáticas. Ao fazê-lo, explicamos a conexão entre a arquitetura, as manifestações e o ativismo.

Concluímos essa compilação anual sobre a crise climática com dez conselhos outorgados por Mariam García García da LandLab abordando os desafios de um projeto de paisagismo, entendendo a emergência climática e a responsabilidade com o ecossistema.